Moedas de emergentes já tocaram o fundo do poço?

Também no Breakfast: Republicanos e Democratas enfrentam as urnas, Biden e Lula em destaque na COP27 e a seleção de R$ 5 bilhões: o valor de mercado dos jogadores do Brasil

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O Morgan Stanley avalia que as moedas de países emergentes atingiram o pior patamar desde a crise financeira global e que podem começar a mudar de cenário conforme o Federal Reserve (Fed) vá parando de subir os juros.

Analistas como James Lord e Filip Denchev melhoraram seu prognóstico para os mercados emergentes de “baixo” para “neutro” na última semana, justificando que o Fed já alcançou a projeção para a inflação e deve começar a desacelerar o ritmo de aumentos de taxa.

Os investidores podem começar a “inclinar-se contra” a força do dólar, já que uma política monetária menos agressiva “deve resultar em mercados mais estáveis”, segundo os analistas. As moedas de mercados emergentes estão agora “mais ou menos alinhadas” com as atuais previsões de fim de ano destes analistas, que não veem um risco/recompensa atraente em cortar essas projeções apenas para manter uma visão de baixa.

Leia a matéria completa: Câmbio atingiu fundo do poço entre emergentes e dólar deve cair, diz Morgan Stanley

No Radar

Os investidores colocam hoje na balança o futuro do governo norte-americano nas eleições de meio mandato, em que Democratas e Republicados medem forças na Câmara e no Senado. As expectativas pelo dado oficial de inflação nos Estados Unidos, na próxima quinta-feira, também continuam no ar. Porém, os analistas já começam a apostar suas fichas em uma flexibilização da política de alta dos juros do Fed. Além disso, o mercado se desfez das esperanças de uma reabertura na China, dado o aumento recente de casos de Covid no país e a persistência de Pequim com a política de tolerância zero a contaminações.

🚇 Luz no túnel da recessão? Embora o consenso de mercado aponte para uma grande chance de recessão nos Estados Unidos, o Goldman Sachs acredita na possibilidade de evitar esse cenário e mantém em 35% sua estimativa de que o pior se materialize. Estudos do banco se apoiam, entre outras coisas, na desaceleração do crescimento nominal dos salários e no comportamento de alguns componentes de preços que poderiam levar a inflação a diminuir antes que a alta de juros leve a uma recessão.

🇺🇸 Eleição em destaque. A maioria das pesquisas aponta que o Partido Republicano deve retomar o controle da Câmara dos Deputados e talvez o Senado, revertendo a liderança do Partido Democrata e podendo levar a um período de impasse no governo de Joe Biden. Nesse quadro, o mercado acionário considera setores que podem ser influenciados por uma mudança, como saúde, energia, tecnologia, defesa, farmacêutica e biotecnologia. O ex-presidente Donald Trump deve fazer um pronunciamento na próxima semana - espera-se que ele lance sua terceira candidatura à Casa Branca.

🕯️ Inverno no escuro. A limitação do fornecimento de energia elétrica na Ucrânia atinge hoje sete regiões do país, incluindo Kiev, devido a ataques da Rússia contra o sistema de infraestrutura no último mês. A União Europeia ainda está discutindo com a Ucrânia uma forma de ajudar o país a superar esse cenário, que pode levar mais de uma semana para ser ajustado, enquanto as temperaturas ficam cada vez mais mais baixas.

🟢 As bolsas ontem (7): Dow Jones Industrials (+1,31%), S&P 500 (+0,96%), Nasdaq Composite (+0,85%), Stoxx 600 (+0,33%), Ibovespa (-2,38%)

Os principais índices de ações norte-americanas subiram, com investidores à espera dos principais catalisadores da semana: as eleições de segundo mandato nos EUA hoje e os dados da inflação de outubro no país, na próxima quinta-feira. O desempenho foi impulsionado pelos setores de tecnologia da informação, energia e indústria. As ações da Meta subiram 6,53% após o anúncio de cortes de postos de trabalho.

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Agenda

Esta é a agenda prevista para hoje:

EUA: Eleições de Meio Mandato, Índice Redbook, Índice de Otimismo entre Pequenas Empresas/Out, Índice IBD/TIPP de Otimismo Econômico

• Europa: Zona do Euro(Vendas no Varejo/Set); França (Balança Comercial/Set, Folha de Pagamentos 3T22); Itália (Vendas no Varejo/Set)

• Asia: China (IPC e IPP); Japão (Indicadores Antecedentes/Set)

• América Latina: Brasil (IGP-DI, Produção e Vendas de Veículos/Out); Argentina (Produção Industrial/Set)

• Bancos centrais: Bancos Centrais: Discurso de Andrea Enria (BCE), Huw Pill (BoE), Joachim Nagel (Bundesbank)

• Balanços: Walt Disney, Bayer, Securitas, Nintendo, Bradesco, Naturgy, Endesa, US Foods, Braskem, Deutsche Post, Occidental e Oxford Instruments

📌 Para a semana:

• Quarta: EUA (Estoques e Vendas no Atacado, Pedidos de Hipotecas, Relatório de Estoques de Petróleo-EIA); Banco Centrais: Reunião de Política Não Monetária do BCE, Discursos de John Williams e Tom Barkin (Fed)

• Quinta: EUA (IPC/Out, Pedidos de Seguro Desemprego); Brasil (IPCA); Bancos Centrais: Relatório Mensal do BCE, Discursos de Lorie Logan, Esther George e Loretta Mester (Fed), David Ramsden (BoE)

• Sexta: EUA (Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan); Reino Unidos e Hong Kong (PIB 3T22); Alemanha (IPC); Discurso de Luis de Guindos e Philip Lane (BCE)

Balanços: Siemens, Banco do Brasil, Eletrobras, Nissan, Gerdau, AstraZeneca, Deutsche Telekom, Merck, Brookfield, Itaú, ArcelorMittal, Fujifilm, Tata Steel, JBS, Allianz, SoftBank, Cosan

Destaques da Bloomberg Línea:

Binance vs FTX: disputa entre CEOs mais ricos do setor cripto atinge mercados

Lula avalia custo de promessas de campanha em primeiro teste com o Congresso

Por que o Morgan Stanley vê uma alta das bolsas com as eleições nos EUA

E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: COP27: Lula e Biden devem ser destaque na cúpula da ONU sobre mudanças climáticas | Investidores ricos estão otimistas apesar da turbulência econômica, diz UBS | Movida aponta estímulo à receita recorde com aluguel de carros na alta estação

• Opinião Bloomberg: Gestão estabanada de Musk pode fazer Twitter dar certo

• Pra não ficar de fora: Valor de mercado dos convocados da Seleção equivale a R$ 5 bilhões

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Edição: Michelly Teixeira, News Editor | Europe, Filipe Serrano, News Editor | Brazil