Barcelona, Espanha — Os investidores colocam hoje na balança o futuro do governo norte-americano nas eleições de meio mandato, em que Democratas e Republicados medem forças na Câmara e no Senado. As expectativas pelo dado oficial de inflação nos Estados Unidos, na próxima quinta-feira, também continuam no ar. Porém, os analistas já começam a apostar suas fichas em uma flexibilização da política de alta dos juros do Fed. Além disso, o mercado se desfez das esperanças de uma reabertura na China, dado o aumento recente de casos de Covid no país e a persistência de Pequim com a política de tolerância zero a contaminações.
→ O que move os mercados hoje
🚇 Luz no túnel da recessão? Embora o consenso de mercado aponte para uma grande chance de recessão nos Estados Unidos, o Goldman Sachs acredita na possibilidade de evitar esse cenário e mantém em 35% sua estimativa de que o pior se materialize. Estudos do banco se apoiam, entre outras coisas, na desaceleração do crescimento nominal dos salários e no comportamento de alguns componentes de preços que poderiam levar a inflação a diminuir antes que a alta de juros leve a uma recessão.
🇺🇸 Eleição em destaque. A maioria das pesquisas aponta que o Partido Republicano deve retomar o controle da Câmara dos Deputados e talvez o Senado, revertendo a liderança do Partido Democrata e podendo levar a um período de impasse no governo de Joe Biden. Nesse quadro, o mercado acionário considera setores que podem ser influenciados por uma mudança, como saúde, energia, tecnologia, defesa, farmacêutica e biotecnologia. O ex-presidente Donald Trump deve fazer um pronunciamento na próxima semana - espera-se que ele lance sua terceira candidatura à Casa Branca.
🕯️ Inverno no escuro. A limitação do fornecimento de energia elétrica na Ucrânia atinge hoje sete regiões do país, incluindo Kiev, devido a ataques da Rússia contra o sistema de infraestrutura no último mês. A União Europeia ainda está discutindo com a Ucrânia uma forma de ajudar o país a superar esse cenário, que pode levar mais de uma semana para ser ajustado, enquanto as temperaturas ficam cada vez mais mais baixas.
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🟢 As bolsas ontem (7): Dow Jones Industrials (+1,31%), S&P 500 (+0,96%), Nasdaq Composite (+0,85%), Stoxx 600 (+0,33%), Ibovespa (-2,38%)
Os principais índices de ações norte-americanas subiram, com investidores à espera dos principais catalisadores da semana: as eleições de segundo mandato nos EUA hoje e os dados da inflação de outubro no país, na próxima quinta-feira. O desempenho foi impulsionado pelos setores de tecnologia da informação, energia e indústria. As ações da Meta subiram 6,53% após o anúncio de cortes de postos de trabalho.
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Na agenda
Esta é a agenda prevista para hoje:
• EUA: Eleições de Meio Mandato, Índice Redbook, Índice de Otimismo entre Pequenas Empresas/Out, Índice IBD/TIPP de Otimismo Econômico
• Europa: Zona do Euro(Vendas no Varejo/Set); França (Balança Comercial/Set, Folha de Pagamentos 3T22); Itália (Vendas no Varejo/Set)
• Asia: China (IPC e IPP); Japão (Indicadores Antecedentes/Set)
• América Latina: Brasil (IGP-DI, Produção e Vendas de Veículos/Out); Argentina (Produção Industrial/Set)
• Bancos centrais: Bancos Centrais: Discurso de Andrea Enria (BCE), Huw Pill (BoE), Joachim Nagel (Bundesbank)
• Balanços: Walt Disney, Bayer, Securitas, Nintendo, Bradesco, Naturgy, Endesa, US Foods, Braskem, Deutsche Post, Occidental e Oxford Instruments
📌 Para a semana:
• Quarta: EUA (Estoques e Vendas no Atacado, Pedidos de Hipotecas, Relatório de Estoques de Petróleo-EIA); Banco Centrais: Reunião de Política Não Monetária do BCE, Discursos de John Williams e Tom Barkin (Fed)
• Quinta: EUA (IPC/Out, Pedidos de Seguro Desemprego); Brasil (IPCA); Bancos Centrais: Relatório Mensal do BCE, Discursos de Lorie Logan, Esther George e Loretta Mester (Fed), David Ramsden (BoE)
• Sexta: EUA (Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan); Reino Unidos e Hong Kong (PIB 3T22); Alemanha (IPC); Discurso de Luis de Guindos e Philip Lane (BCE)
• Balanços: Siemens, Banco do Brasil, Eletrobras, Nissan, Gerdau, AstraZeneca, Deutsche Telekom, Merck, Brookfield, Itaú, ArcelorMittal, Fujifilm, Tata Steel, JBS, Allianz, SoftBank, Cosan
(Com informações da Bloomberg News)