Bloomberg Línea — Os futuros americanos avançam nesta manhã enquanto as votações de meio de mandato dos Estados Unidos se desenrolam. É esperado que os republicanos saiam na frente e derrubem a maioria democrata na Câmara. Por aqui, com menos indicadores econômicos na agenda, o destaque fica também com o campo político, com a chegada do presidente eleito em Brasília para as primeiras reuniões de transição de governo e possíveis anúncios esperados para as próximas horas, o que deixa o mercado local mais cauteloso nas primeiras horas da manhã.
Veja as outras notícias que devem impactar os mercados nesta terça-feira (8):
1. Inflação
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) recuou 0,62% em outubro, indicando uma desaceleração da inflação medida pelo índice, segundo divulgação da FGV nesta manhã. Em setembro, o índice recuou 1,22%. Com isso, a inflação acumula alta de 4,89% no ano e 5,59% em 12 meses.
“A inflação ao produtor segue em terreno negativo. Inúmeras commodities de peso estão registrando queda em seus preços. Minério de ferro, queda de 5,01%, leite in natura, queda de 8,17%, adubos ou fertilizantes, queda de 9,98%, e café, queda de 10,37%. Já no âmbito do consumidor, a inflação acelera à medida que os preços dos combustíveis passam a mostrar queda menos intensa”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
2. Eleições nos EUA
O presidente americano Joe Biden reconheceu que será “mais difícil” para que os democratas mantenham maioria na Câmara dos Deputados do que no Senado dos EUA. “Acho que vai ser difícil, mas acho que podemos. Acho que vamos ganhar o Senado; a Câmara vai ser mais difícil”, disse Biden a repórteres na Casa Branca. Os republicanos são os favoritos para uma vitória na Câmara, enquanto a batalha pelo Senado está empatada, de acordo com uma análise da FiveThirtyEight.
Analistas políticos apartidários projetam que os republicanos terão ganho de pelo menos os cinco assentos necessários para derrubar a maioria democrata na Câmara. Um Senado igualmente dividido, que os democratas lideram apenas com o voto de desempate da vice-presidente Kamala Harris, também está em jogo.
3. Mercados
Os futuros americanos sobem ligeiramente nesta manhã, depois de um dia de altas para os mercados, enquanto os investidores aguardam as eleições de meio de mandato dos EUA, que determinarão qual partido controlará o Congresso e que também vão orientar a política e gastos futuros. Às 9h15, os futuros do Dow Jones, S&P 500 e do Nasdaq subiam respectivamente 0,31%, 0,31% e 0,55%. O Dollar Index, que mede a força da moeda americana em comparação com uma cesta de outras moedas, avançava 0,29% no mesmo horário.
Por aqui, o Ibovespa futuro recuava nos primeiros minutos de negociação, com todas as atenções voltadas para a transição do governo Lula (PT). O índice tinha queda de 0,81% por volta das 9h25.
4. Manchetes do dia
- Estadão: ‘Pauta-bomba’ de mais de R$ 100 bi na Câmara pressiona governo eleito
- Folha de S. Paulo: Moraes mantém ofensiva contra bolsonaristas mesmo após eleição
- O Globo: Equipe de Lula estuda preços regionais para os combustíveis em nova política da Petrobras
- Valor: Baixa renda está superendividada em crédito mais caro
5. Agenda
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega nesta terça-feira (8) em Brasília para tratar da transição de governo, e tem na agenda reuniões com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, da Câmara, Arthur Lira, do STF, Rosa Weber, e do TSE, Alexandre de Moraes. Já a agenda de indicadores local tem poucos destaques, como o IGP-DI de outubro e a produção e vendas de veículos para o mesmo mês.
Mas o destaque do dia vem mesmo dos Estados Unidos, que tem hoje na agenda as eleições de meio de mandato, que definirá o controle do Congresso americano. Ao todo, serão renovados 435 deputados da Câmara e 35 de 100 senadores, numa votação que será determinante para o resto do mandato do presidente do país, Joe Biden.
E também...
Os preços do petróleo caem nesta manhã, com os investidores avaliando o compromisso renovado do governo chinês de manter suas rígidas políticas contra o coronavírus, o que impacta diretamente a demanda por petróleo do país, que é o maior importador da commodity do mundo. Às 8h25, o petróleo tipo Brent caía 0,95%, a US$ 96,98 o barril, enquanto o WTI recuava 1,27%, a US$ 90,59 o barril.
--Com informações da Bloomberg News
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