Bloomberg — O Citigroup (C) cortou dezenas de empregos em sua divisão de banco de investimento esta semana, enquanto uma queda no volume de negócios continua afetando os maiores bancos de Wall Street.
Os cortes afetaram os funcionários do grupo de banco de investimento em todo o mundo, o que inclui seus ramos de mercado de capitais, segundo pessoas com conhecimento do assunto ouvidas pela Bloomberg News que pediram para não serem identificadas porque as informações são particulares.
Um porta-voz do Citigroup, com sede em Nova York, não quis comentar.
Os credores de Wall Street regularmente cortam os funcionários com desempenho ruim antes da temporada de bônus que ocorre no início do ano. Ainda assim, a mudança marca um revés para o Citigroup, que vem contratando à medida que procura melhorar sua posição em determinados setores, incluindo o de saúde e tecnologia.
Os bancos americanos vêm sendo prejudicados pela dramática desaceleração dos bancos de investimento, já que a volatilidade que estimulava os ganhos também pesou sobre os ramos de mercados de capitais e gestão de ativos. As taxas de banco de investimento no Citigroup, cuja CEO é Jane Fraser, caíram 64% no terceiro trimestre.
O CFO do Citigroup, Mark Mason, advertiu no mês passado que a empresa continua atenta às despesas da divisão de banco de investimentos, embora tenha reiterado o compromisso da empresa com a franquia.
“Obviamente, veremos como a carteira continua evoluindo e somos muito disciplinados em relação às despesas”, disse Mason a jornalistas em uma teleconferência no mês passado, observando que o Citigroup está “muito focado em garantir o talento produtivo nos negócios”.
Seus concorrentes também estão fazendo demissões. Em setembro, o Goldman Sachs (GS) iniciou sua maior rodada de cortes desde o início da pandemia, enquanto o Royal Bank of Canada e o Bank of Montreal também reduziram seu número de funcionários recentemente.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
Empresas aéreas e sindicatos negociam reajuste salarial sob risco de impasse