Investidores ricos estão otimistas apesar da turbulência econômica, diz UBS

Mesmo que veja alguns sinais de esperança no horizonte, mais da metade dos investidores disse acreditar que uma recessão já começou ou começará antes do final de 2022

Investidores dos Estados Unidos ficaram atrás, com 51% deles dizendo que estão otimistas
Por Charlie Wells
07 de Novembro, 2022 | 08:05 AM

Bloomberg — Os mercados estão em baixa. A guerra da Ucrânia continua. A recessão se aproxima. No entanto, investidores de alto patrimônio líquido dizem que ainda se sentem positivos em relação ao futuro.

Um total de 59% dos investidores mais ricos disseram ao UBS Group (UBS) que estão otimistas com as perspectivas de curto prazo para o mercado de ações, segundo a pesquisa de opinião do investidor. Isso é 50% acima de três meses atrás, quando os mercados estavam prestes a cair novamente após um breve rali.

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Os investidores citam a forte demanda por bens e serviços, um retorno à normalidade após a pandemia da covid-19 e ganhos corporativos saudáveis como motivos das perspectivas otimistas.

Perspectivas de mercado de curto prazo para investidores de alto patrimônio líquido

O otimismo está distribuído de forma desigual pelo mundo. Apesar da inflação recorde, da crise energética e da guerra na Ucrânia, os investidores na Europa tiveram o sentimento mais positivo para o futuro, com 69% dizendo que se sentiam otimistas com a economia da região nos próximos 12 meses.

A Ásia seguiu, com 62% dos investidores asiáticos positivos sobre as perspectivas da região no ano. Os investidores dos Estados Unidos ficaram atrás, com apenas 51% otimistas na região e quase dois terços dizendo acreditar que uma recessão é iminente.

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Mesmo que vejam alguns sinais de esperança no horizonte, mais da metade dos investidores disseram acreditar que uma recessão já começou ou começará antes do final de 2022. Quase dois terços esperam inflação mais alta no próximo ano.

Em resposta, quase metade já cortou gastos, enquanto 31% dizem que planejam economizar menos para compensar os efeitos do aumento dos preços. Suas principais preocupações são a inflação, o risco geopolítico e a recessão.

O UBS entrevistou 2.913 investidores com pelo menos US$ 1 milhão em ativos para investir entre 28 de setembro e 17 de outubro em todo o mundo.

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