Depois de reverter demissões, Twitter adia planos de serviço por assinatura

Companhia, agora de Elon Musk, demitiu 3.700 pessoas somente na sexta-feira como parte dos planos do novo CEO bilionário da rede social

Twitter fez demissões para cortar custos após a aquisição de Musk, concluída no final de outubro
Por Kurt Wagner - Ed Ludlow
07 de Novembro, 2022 | 04:10 PM
Últimas cotações

Bloomberg — O Twitter (TWTR) caminha para a segunda semana sob o comando Elon Musk e agora com força de trabalho reduzida e também com reversões inesperadas.

A empresa demitiu 3.700 pessoas somente na sexta-feira (4) como parte dos planos do novo CEO bilionário da rede social, com alguns desligamentos foram revertidos horas depois.

PUBLICIDADE

Outro dos principais objetivos iniciais de Musk, que consistia em “vender” verificações para membros por meio de assinatura, será adiado pelo menos até quarta-feira (9), para evitar um caos maior durante as eleições de meio mandato que acontecem nos Estados Unidos.

O vai e vem, conforme descrito por pessoas familiarizadas com o assunto, segue o reconhecimento do próprio Musk de que a empresa de mídia social tem perdido uma média de US$ 4 milhões por dia.

O Twitter fez demissões para cortar custos após a aquisição de Musk, concluída no final de outubro. A maioria dos funcionários descobriu que perdeu o emprego ao tentar acesso ao sistema da empresa, que foi abruptamente suspenso.

PUBLICIDADE

Isso, somado aos pedidos de reingresso de funcionários desligados, mostra o quão caótico e inesperado o processo foi.

Um porta-voz do Twitter não respondeu a um pedido de comentário da Bloomberg News.

“Em relação à redução da força de trabalho do Twitter, infelizmente não há escolha quando a empresa está perdendo mais de US$ 4 milhões por dia”, tuitou Musk na última sexta-feira.

PUBLICIDADE

Algumas regiões foram mais atingidas do que outras. A empresa demitiu mais de 90% de sua equipe na Índia no fim de semana, desfalcando severamente sua equipe de engenharia e produtos, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. Os cortes deixaram a empresa com cerca de uma dúzia de funcionários em um mercado em crescimento, de acordo com as fontes.

A Meta (FB), que também luta para conter custos depois de investir pesadamente em seu projeto de metaverso, pode anunciar demissões ainda esta semana, informou o Wall Street Journal, citando fontes. As demissões da controladora do Facebook, que devem afetar milhares de trabalhadores, podem começar já na quarta-feira (9), segundo o jornal.

O Twitter tem agora cerca de 3.700 funcionários restantes, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto. Musk está pressionando aqueles que permanecem na empresa para avançar rapidamente na entrega de novos recursos - alguns funcionários até dormiram no escritório para cumprir com os novos prazos.

PUBLICIDADE

No final do domingo (6), Musk disse que o Twitter baniria contas de sátiras que se passam por outros perfis. Segundo ele, qualquer mudança de nome causará a perda temporária da marca de conta verificada.

Além do plano de assinatura chamado de Twitter Blue, estimado em US$ 7,99 por mês a partir do próximo dia 9, empresa também disse que em breve lançará outros recursos, incluindo menos anúncios, a capacidade de postar vídeos mais longos e a obtenção de classificação prioritária em respostas, menções e pesquisas.

“A verificação generalizada democratizará o jornalismo e empoderará a voz do povo”, disse Musk em um tweet recente.

-- Com a colaboração de Sankalp Phartiyal

Veja mais em Bloomberg.com

Leia também

Lula avalia custo de promessas de campanha em primeiro teste com o Congresso