Breakfast

A hora das nomeações

Também no Breakfast: Apple corta estimativa de produção de iPhones, Twitter volta atrás em algumas demissões e a história da brasileira que virou gestora de family offices de celebridades nos EUA

07 de Novembro, 2022 | 06:30 AM
Tempo de leitura: 5 minutos

Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia e ótima leitura!

A semana começa com a expectativa de anúncios dos primeiros nomes que farão parte da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os potenciais ministros do seu novo governo.

Na semana passada, o coordenador da equipe, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, afirmou que os primeiros nomes devem ser anunciados a partir desta segunda-feira (7).

“A partir de segunda-feira, depois da reunião com o presidente Lula, a gente começa a divulgar os nomes da transição” Depois de passar cinco dias na Bahia, Lula voltou a São Paulo no sábado (5) e deve se reunir com Alckmin.

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Entre os novos nomes cotados que surgiram nos últimos dias estão os dos economistas André Lara Resende, Pérsio Arida e Guilherme Mello. Os três foram convidados pelo PT para integrar a equipe, de acordo com os jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo.

A legislação permite que o presidente eleito nomeie 50 pessoas para atuar no período de transição. O grupo também pode incluir servidores federais e voluntários.

Partidos que apoiaram a candidatura de Lula também devem indicar nomes para compor a equipe de transição.

Orçamento

O mercado também monitora as discussões em torno do Orçamento de 2023 e da chamada PEC da Transição, que pode definir um limite além do teto de gastos para cobrir despesas como o auxílio de R$ 600 do programa Bolsa Família (atual Auxílio Brasil) e o aumento do salário mínimo.

Outra ideia sobre a mesa é liberar recursos por meio de um crédito extraordinário, sem a necessidade de votação de uma PEC no Congresso.

Ministros de Lula, IPCA e bancos: os assuntos mais quentes para esta semana. Leia também: Lula quer avaliar nomes e compor ministério com calma

Negociações para definir os nomes da equipe de transição

No Radar

A atenção dos mercados estará dividida entre previsões sobre os passos do Federal Reserve (Fed) à luz de novos indicadores e discursos de integrantes do Fed ao longo da semana, assim como especulações sobre uma possível reabertura da China em relação à política restritiva Covid Zero, que continua a ser descartada por Pequim. Também estão no radar as eleições legislativas nos Estados Unidos, que acontecem amanhã.

💸 Inflação x Fed. Ultrapassada a temporada de decisões dos bancos centrais e encerrado o seu período de silêncio, os operadores monitoram os discursos de dirigentes do Fed em busca de pistas sobre a política monetária. O destaque, no entanto, será a taxa de inflação (IPC) norte-americana de outubro, que sai na quinta-feira. O dado pode alterar as apostas em relação à reunião do Fed em 14 de dezembro, para a qual ainda há dúvidas sobre um aumento de 0,75 ou 0,50 ponto percentual.

👀 Empresas em foco. A temporada de resultados corporativos segue firme nesta semana e hoje os investidores ponderam notícias de peso. O corte de produção de 3 milhões de iPhones comunicados ontem pela Apple, devido ao bloqueio pela China de uma grande fábrica por contaminação de Covid. Além disso, notícias de que a Meta (Facebook) deve começar a anunciar demissões nesta semana pode mexer com o mercado acionário.

🗳️ Eleição nos EUA. Os ativos financeiros devem se movimentar também em torno das eleições de meio mandato que ocorrem amanhã nos EUA, com a disputa entre Democratas e Republicanos na Câmara de Deputados e no Senado, hoje controladas pelos democratas. Analistas de mercado acreditam que uma maioria para o Partido Republicano nas casas legislativas pode levar a um desempenho melhor no mercado acionário, tendo em vista propostas de corte de gastos do governo.

🌡️ Clima quente: A COP27 começou ontem no Egito colocando na agenda pela primeira vez a discussão sobre perdas e danos gerados pelo aquecimento global e como poderão ser organizadas reparações. A discussão é sobre como países mais ricos poderão pagar por danos gerados pela emergência climática em outros lugares, um pleito de países em desenvolvimento desde a COP de 1990, em Paris.

Os mercados esta manhã
🟢 As bolsas na sexta-feira (4): Dow Jones Industrials (+1,26%), S&P 500 (+1,36%), Nasdaq Composite (+1,28%), Stoxx 600 (+1,81%), Ibovespa (+1,08)

A volatilidade prevaleceu durante a sessão, mas os mercados acionários norte-americanos fecharam em alta mesmo após a divulgação dos dados de empregos dos EUA. Os números mostraram que a demanda por trabalhadores continua robusta, o que não muda a narrativa do Fed sobre a necessidade de taxas de juros mais altas por mais tempo para controlar a inflação.

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Agenda

Esta é a agenda prevista para hoje:

PMI de Construção/Out: Zona do Euro, Alemanha, França, Itália, Espanha

• EUA: Índice de Tendência de Emprego/Out, Crédito ao Consumidor/Out

• Europa: Zona do Euro (Confiança do Consumidor/Nov); Reino Unido (Vendas no Varejo/Out, Índice de Preços de Imóveis/Out); Alemanha (Produção Industrial/Set)

• Asia: China (Balança Comercial/Out, Reservas Cambiais); Japão (Massa Salarial de Empregados/Set, Gastos Domésticos/Set, Reservas Internacionais/Out)

• América Latina: Brasil (Boletim Focus); México (Confiança do Consumidor, Investimento Fixo Bruto)

• Bancos centrais: Discursos de Susan Collins, Loretta Mester e Thomas Barkin (Fed), Christine Lagarde e Fabio Panetta (BCE),

• Balanços: BionTech, Subaru, Ryanair, TripAdvisor

📌 Para a semana:

• Terça: EUA (Índice Redbook); Zona do Euro (Vendas no Varejo/Set); China (IPC e IPP); Bancos Centrais: Discurso de Andrea Enria (BCE), Huw Pill (BoE), Joachim Nagel (Bundesbank)

• Quarta: EUA (Estoques e Vendas no Atacado, Pedidos de Hipotecas, Relatório de Estoques de Petróleo-EIA); Banco Centrais: Reunião de Política Não Monetária do BCE, Discursos de John Williams e Tom Barkin (Fed)

• Quinta: EUA (IPC/Out, Pedidos de Seguro Desemprego); Brasil (IPCA); Bancos Centrais: Relatório Mensal do BCE, Discursos de Lorie Logan, Esther George e Loretta Mester (Fed), David Ramsden (BoE)

• Sexta: EUA (Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan); Reino Unidos e Hong Kong (PIB 3T22); Alemanha (IPC); Discurso de Luis de Guindos e Philip Lane (BCE)

Balanços: Walt Disney, Bayer, Securitas, Nintendo, Bradesco, Naturgy, Endesa, Coca Cola, US Foods, Braskem, Oxford Instruments, Siemens, Banco do Brasil, Eletrobras, Nissan, Gerdau, AstraZeneca, Deutsche Telekom, Merck, Brookfield, Itaú, ArcelorMittal, Fujifilm, Tata Steel, JBS, Allianz, SoftBank, Cosan

Destaques da Bloomberg Línea:

Unipar: Por que esta indústria química decidiu apostar na energia limpa para crescer

O Brasil pode virar a Argentina? Quanto tempo levaria para a inflação atingir três dígitos?

Ciclo de aumento de juros entra em uma nova fase no mundo

E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: Apple corta estimativa de produção de iPhones e cita lockdowns na China | Twitter recua e pede para alguns funcionários demitidos voltarem à empresa | Meta começará a demitir milhares de funcionários esta semana, diz jornal

• Opinião Bloomberg: Elon Musk, demitir as pessoas por e-mail não é nada legal

• Pra não ficar de fora: A brasileira que faz a gestão de family offices de celebridades na Califórnia

⇒ Essa foi uma amostra do Breakfast, que na versão completa inclui muitas outras notícias de destaque do Brasil e do mundo.

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Edição: Michelly Teixeira, News Editor | Europe, Filipe Serrano, News Editor | Brazil