China diz que manterá política de covid zero de forma ‘inflexível’

Anúncio diminui esperanças de que Pequim afrouxe políticas rigorosas que colocaram cidades e fábricas sob bloqueios prolongados

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Bloomberg — A China manterá, de forma “inflexível”, a política de covid zero adotada nos últimos anos, à medida que o país enfrenta surtos cada vez mais graves, disseram autoridades de saúde, diminuindo as esperanças de que Pequim afrouxe as políticas rigorosas que colocaram cidades e fábricas sob bloqueios prolongados.

“Práticas anteriores provaram que nossos planos de prevenção e controle e uma série de medidas estratégicas estão completamente corretos”, disse Hu Xiang, funcionário do departamento de prevenção e controle de doenças da Comissão Nacional de Saúde, em uma entrevista no sábado (5). “As políticas também são as mais econômicas e eficazes.”

Uma especulação sobre a continuação da política contra a covid-19 tem se instalado recentemente. Postagens online não verificadas sobre a possível reabertura chinesa ajudaram os principais indicadores de ações a registrar seu melhor desempenho semanal em anos nesta semana. Nessas publicações, afirma-se que a China está se preparando para descartar um sistema de “circuit breaker” que suspende voos internacionais que transportaram mais passageiros infectados para o país, informou a Bloomberg News.

O anúncio do chanceler alemão, Olaf Scholz, de que a China disponibilizará a vacina contra a covid-19 da BioNTech para estrangeiros que moram no país também aumentou as expectativas de que Pequim está se preparando para uma reabertura.

Autoridades do NHC disseram que os surtos em todo o país fizeram com que a adesão às políticas atuais se tornasse mais importante. A China registrou mais de 3.500 novos casos locais de Covid na sexta-feira (4), com surtos em Guangdong, Mongólia Interior, Fujian e Pequim.

O governo central também pedirá às autoridades locais em cidades como Zhengzhou e Shenzhen que corrijam as medidas excessivas de controle da covid, disse Tuo Jia, outro funcionário da comissão de saúde.

As autoridades locais bloquearam uma área onde está localizada a maior fábrica de iPhones do Foxconn Technology Group até 9 de novembro, depois que os trabalhadores fugiram da fábrica com medo de infecções e isolamentos.

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