Bloomberg — O Twitter começou a dar um selo de verificação aos usuários que se inscreveram em um programa de assinatura de US$ 8 por mês, dias depois que Elon Musk, novo dono da rede social, lançou a ideia de um novo sistema de verificação pago.
“Poder para o povo”, disse o Twitter no texto explicativo que acompanha sua última atualização de software, lançada neste sábado (5). “Sua conta receberá uma marca de seleção azul, assim como as celebridades, empresas e políticos que você já segue.”
Junto do novo sistema de verificação, o Twitter promete reduzir à metade o número de anúncios que os assinantes veem “em breve”. Também está sendo desenvolvida a capacidade de postar vídeos mais longos e uma forma de classificar as respostas, menções e pesquisas por prioridade, disse a empresa.
A atualização mais recente demonstra a rapidez de Musk para transformar a plataforma de mídia social que ele comprou por US$ 44 bilhões. Na semana desde que assumiu formalmente o controle do site, o bilionário demitiu quase metade de sua equipe, incluindo a maioria dos principais gerentes. Ele divulgou o plano de assinatura do Twitter Blue como uma forma de lidar com a queda nas receitas de anúncios, bem como eliminar os bots.
Riscos
O Twitter está avançando com seu novo sistema de verificação em um momento crucial. Na próxima terça-feira, os EUA realizam eleições parlamentares. A demissão de equipes-chave que fazem moderação de conteúdo e lidam com questões legais levou funcionários atuais e ex-funcionários a questionar se o site terá os recursos para manter esses controles funcionando de maneira eficaz até as eleições.
Com o novo plano de assinatura, qualquer pessoa pode pagar US$ 8 para ter sua conta verificada, aumentando o risco de um usuário querer se passar por candidatos ou entidades governamentais.
Em resposta a tuítes criticando o novo sistema, Musk disse que o sistema de pagamento, junto de controles da Apple ou do Android, é uma maneira muito melhor de garantir a verificação.
Atualmente, o Twitter Blue está disponível apenas para usuários nos EUA, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido, embora Musk tenha tuitado neste sábado que o serviço estará disponível em todo o mundo.
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