Mercados sobem com esperança de que China encerre sua política de Covid zero

Operadores deixaram de lado nesta manhã o cenário da política agressiva de juros e se apoiam no rali das ações chinesas ante a perspectiva de recuperação da atividade na China

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Barcelona, Espanha — Os investidores se debruçam sobre a perspectiva de reabertura econômica na China, embora o cenário para os mercados tenha ficado mais sombrio desde que o presidente do Federal Reserve (Fed) Jerome Powell avisou que o ritmo de aperto monetário seguirá firme. A temporada massiva de balanços, que vinha funcionando alguns dias como um contrapeso, está chegando ao fim e, antes de fechar a semana, os investidores esmiúçam os dados oficiais de emprego nos Estados Unidos.

→ O que move os mercados hoje

😷 Fim do Covid Zero? Os operadores voltam a monitorar sinais de que a política Covid Zero da China possa estar perto do fim, o que justificou a valorização dos índices chineses, que dão suporte para ganhos nas demais praças. Desta vez, o mercado se orienta pela possibilidade de que o país asiático acabe com a penalização de companhias aéreas por casos de Covid que chegam ao país.

👷🏼 Trabalho em foco. Enquanto isso, o mercado de trabalho deve mostrar que continua aquecido segundo as estimativas de mercado. As folhas de pagamento (payroll) de outubro são o primeiro dado de relevo após a decisão do Fed. Até o próximo encontro do banco central, ainda haverá um conjunto de discursos e dados de inflação, emprego e atividade a serem ponderados, com poder de mover apostas sobre a política monetária.

🤝🏻 Reunião estratégica. O encontro do chanceler da Alemanha Olaf Scholz hoje com o presidente da China Xi Jinping é uma tentativa de evitar que as relações com a União Europeia se deteriorem ainda mais no atual cenário geopolítico. Nesse primeiro encontro pessoal entre os dois em Pequim, Xi Jinping pediu à comunidade internacional que “rejeite a ameaça de armas nucleares” que vem sendo feita pela Rússia.

🔁 Reviravolta nos rendimentos. Os investidores tiveram um pregão agitado no mercado de dívida, onde os rendimentos passaram por uma reviravolta com as indicações mais duras do Fed, reduzindo a diferença entre os prêmios entre os títulos com vencimento em dois anos e dez anos. Esse movimento no mercado de títulos é visto como um sinalizador de recessão nos EUA.

→ Leia também o Breakfast, a newsletter matinal da Bloomberg Línea: Incertezas e lucro menor para a Petrobras

🟢 As bolsas ontem (3): Dow Jones Industrials (-0,46%), S&P 500 (-1,06%), Nasdaq Composite (-1,73%), Stoxx 600 (-0,93%), Ibovespa (-0,03%)

Os mercados acionários dos EUA estenderam a queda na quinta-feira, ainda reverberando declarações de Jerome Powell após a decisão do Fed. A perspectiva de uma taxa de juros mais alta que o previsto nos EUA e a expectativa em relação aos dados oficiais do mercado de trabalho hoje levaram os investidores a optar por ativos de segurança.

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Na agenda

Esta é a agenda prevista para hoje:

PMI Composto e de Serviços/Out: Zona do Euro, Alemanha, França, Itália, Espanha, Japão, Brasil

• EUA: Folha de Pagamentos (Payrolll), Taxa de Desemprego

• Europa: Zona do Euro (Índice de Preços ao Produtor/Set); Reino Unido (PMI de Construção/Out); Alemanha (Pedidos Industriais/Set); França (Produção Industrial, Folha de Pagamentos/3T22); Espanha (Produção Industrial/Set, PMI Setor de Serviços/Out)

• América Latina: Brasil (Fluxo Cambial Estrangeiro)

• Bancos centrais: Discursos de Susan Collins (Fed), Christine Lagarde (BCE), Luis de Guindos (BCE), Huw Pill (BoE) e Joachim Nagel (Bundesbank)

• Balanços: Alibaba, Duke Energy, Telefonica, General Company, Siemens

📌 Para segunda-feira:

• EUA (Índice de Tendência de Emprego/Out); Zona do Euro (Confiança do Consumidor/Nov); Reino Unido (Vendas no Varejo/Out, Índice de Preços de Imóveis/Out); Alemanha (Produção Industrial/Set); PMI de Construção/Out (Zona do Euro, Alemanha, França, Itália, Espanha); China (Balança Comercial/Out)

Balanços: BioNTech, Ryanair, Subaru, Roblox

(Com informações da Bloomberg News)