Bloomberg — A Ferrari elevou ligeiramente as projeções de seus indicadores financeiros para este ano pela segunda vez, com base na venda de modelos mais caros e com margem mais elevada, em efeitos positivos da taxa de câmbio e no início iminente da produção do SUV Purosangue (para alguns, um crossover).
A montadora italiana de supercarros agora espera Ebitda (lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de mais de € 1,73 bilhão (US$ 1,71 bilhão), informou a empresa nesta quarta-feira (2). Anteriormente, a faixa era de € 1,7 bilhão a € 1,73 bilhão, anunciada em agosto. A Ferrari também vê uma receita ligeiramente maior do que a divulgada previamente.
“Continuamos a gerenciar uma carteira de pedidos excelente: com exceção de alguns modelos, toda a nossa linha está esgotada”, disse o CEO Benedetto Vigna em comunicado, observando também novos “desafios macroeconômicos em escala global”.
A fabricante segue outras marcas de luxo, como a Mercedes-Benz, na revisão para cima de projeções que desafiam a melancolia econômica com compradores de carros ricos menos afetados pela inflação e pelas taxas de juros crescentes.
Para neutralizar os custos de insumos mais altos e, por tabela, as pressões da cadeia de suprimentos em toda a indústria, a Ferrari vai aumentar os preços de modelos como o Portofino, que custa € 215.000, e o Monza, de € 1,6 milhão, no primeiro trimestre do próximo ano.
A empresa, que revelou o tão esperado SUV Purosangue em setembro, também divulgou lucro de € 435 milhões nos três meses até setembro, superando as expectativas dos analistas. As vendas de veículos no trimestre aumentaram 16%, para 3.188 carros, com um salto nas entregas nos Estados Unidos e na China, compensando as vendas quase estáveis na Europa.
As ações da Ferrari caíram após subir inicialmente com a divulgação dos resultados. A queda era de 0,8% às 9h36 no horário de Brasília.
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