Vale: unidade de níquel e cobre na mira de investidores de Arábia Saudita e Japão

Mineradora quer levantar mais de US$ 2 bilhões com a venda da participação na operação de metais nobres, segundo fontes da Bloomberg News

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Bloomberg — O Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita e a japonesa Mitsui estão entre os mega investidores de olho em uma participação minoritária nas operações de níquel e cobre da Vale (VALE3), segundo fontes.

Os fundos de pensão canadenses CPP e Ontario Teachers, o Mubadala e a Autoridade de Investimento do Qatar também avaliam ofertas de participação na unidade de metais básicos, segundo as pessoas.

A Vale quer levantar mais de US$ 2 bilhões com a venda, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas.

A mineradora brasileira também abordou outros possíveis compradores, como a BlackRock, maior gestora do mundo, e o fundo soberano GIC de Singapura, disseram as pessoas. A mineradora pede que os lances iniciais sejam feitos nas próximas semanas, disseram.

A unidade da Vale pode ser avaliada entre US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões nas transações, disseram as pessoas. A Vale tenta vender pelo menos 10% de participação no negócio, embora possa considerar vender uma participação maior pelo preço certo, disseram as pessoas.

As deliberações estão em andamento e os detalhes da possível transação podem mudar, disseram as pessoas.

Representantes da Vale, BlackRock, CPP, Mitsui, Ontario Teachers, e dos fundos da Arabia Saudita e do Qatar não quiseram comentar. Os porta-vozes do GIC e Mubadala não fizeram nenhum comentário imediato.

A Vale disse no início de outubro que contratou bancos para avaliarem as opções para o negócio em meio ao aumento da demanda por cobre e níquel devido a um impulso global de eletrificação e à diminuição do consumo de combustíveis fósseis.

A Vale, grande fornecedora de minério de ferro, opera minas de níquel e cobre em países como Brasil, Canadá e Indonésia.

O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, disse em teleconferência na semana passada que a Vale busca parceiros que possam ajudar a acelerar o crescimento da unidade e pode avaliar uma oferta pública inicial em uma data posterior. Ele já havia delineado “ambições muito altas” para o negócio e disse que pode se tornar tão grande quanto a Vale no futuro.

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