Dólar recua na véspera de feriado, com investidores monitorando paralisações

Moeda e Ibovespa Futuros acompanham manifestações nas principais rodovias do país, que fecharam o acesso a aeroportos e cidades

Manifestantes interromperam nesta noite de segunda-feira (31) a circulação de carros, ônibus e caminhões em ao menos 25 estados
01 de Novembro, 2022 | 09:32 AM

Bloomberg Línea — Nesta terça-feira (1), o dólar recuava cerca de 1% para cerca de R$ 5,10, por volta das 16h, depois de avançar pela manhã, com investidores monitorando a situação das paralisações no país após o resultado das eleições deste domingo.

No exterior, o ETF iShares MSCI Brazil (EWZ) recuava 0,31%, enquanto o futuro do Ibovespa avançava 0,66%, indicando dia de volatilidade no mercado brasileiro, com mercado aguardando anúncios da conjuntura econômica do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva, assim como desdobramentos das manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro.

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Manifestantes interromperam nesta noite de segunda-feira (31) a circulação de carros, ônibus e caminhões em ao menos 25 estados, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) à Agência Brasil.

Nas redes sociais e em grupos de WhatsApp há relatos e vídeos de pessoas que tiveram que descer dos carros para tentar chegar à pé ao aeroporto internacional de Guarulhos, uma vez que a rodovia Hélio Smidt, que faz a ligação das rodovias Ayrton Senna e Dutra até os terminais, foi bloqueada.

Mais cedo, o Banco Central divulgou a ata da reunião do Comitê de Política Monetária da última semana, reiterando a mensagem consistente com o atual patamar dos juros por um período mais prolongado. A comunicação, que não trouxe surpresas, deve ser ofuscada pelo noticiário da semana.

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Lá fora, o dia é de tom positivo na sessão inaugural de novembro, que é também véspera da decisão do Federal Reserve (Fed) sobre juros dos Estados Unidos. Os investidores levam em conta a perspectiva de que o ciclo de alta das taxas pode se flexibilizar mais cedo do que tarde e aproveitam preços de oportunidade, enquanto analisam os balanços corporativos trimestrais. Também contribuem para o avanço os rumores sobre uma eventual desescalada da política chinesa de Covid Zero.

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Ana Siedschlag

Editora na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero e especializada em finanças e investimentos. Passou pelas redações da Forbes Brasil, Bloomberg Brasil e Investing.com.