Bloomberg Línea — O presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, do PSD, disse neste domingo (30) que o resultado da eleição presidencial, que apontou a vitória de Lula, do PT, está “colocado” e que espera uma transição governamental “tranquila”.
O tom pró-conciliação veio ao encontro das declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do PP, para quem “a vontade da maioria jamais deve ser contestada”, em referência à eleição do ex-presidente petista.
A exemplo de Lira, o senador também pregou pela unificação e pacificação do Brasil após as eleições. Pacheco disse aos jornalistas que deve fazer contatos com Lula e Bolsonaro para os cumprimentos e que espera um “ambiente civilizado” de ambos durante o período de transição.
“É um papel de Lula e de Bolsonaro que se possa ter a melhor transição possível”, afirmou o presidente do Senado.
Segundo ele, os aliados dos dois líderes podem fazer esse trabalho de estabelecer a transição governamental nos próximos dois meses, antes da posse prevista para o dia 1º de janeiro de 2023.
Pacheco disse que fará uma ponderação com os líderes dos partidos no Congresso para que se defina uma pauta de prioridades de votação até o fim do ano.
Ele evitou fazer uma avaliação política sobre o processo eleitoral, dizendo que esse papel não cabe ao presidente do Congresso. “Não sei avaliar o reflexo eleitoral desses acontecimentos [no resultado da eleição]”, afirmou Pacheco, em referência aos disparos do ex-deputado Roberto Jefferson contra policiais federais e à perseguição com arma em punho da deputada Carla Zambelli, também do PL, a um militante de esquerda.
O presidente do Senado expressou otimismo com o clima político em 2023. “Precisamos reunificar o Brasil. Precisamo de tempo de paz, de mais respeito às divergências, às instituições. Essa forma de condução vai trazer dias melhores ao país”, avaliou Pacheco.
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