O clima às vésperas do 2° turno

Também no Breakfast: Fim da novela Musk/Twitter; plano ‘radical’ do Credit Suisse pode ser pouco para investidores e AliExpress busca ‘rei do batom’ no Brasil

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Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia e ótima leitura!

Novas pesquisas, debate e acusações esquentam o clima às vésperas do segundo turno da eleição no domingo (30). Na quinta-feira (27), os institutos trouxeram levantamentos praticamente estáveis.

O AtlasIntel apontou viés de alta no desempenho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de baixa do presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a pesquisa, Lula tem 52,4% das intenções de voto, e Bolsonaro, 46%. A margem de erro é de um ponto percentual.

Para o Datafolha, a distância entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) aumentou para cinco pontos percentuais. Lula tem 49% das intenções de voto, o mesmo percentual das duas pesquisas anteriores, e Bolsonaro aparece com 44%, queda de um ponto percentual em relação à pesquisa anterior, divulgada em 19 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Também na quinta, o ex-presidente Lula divulgou uma carta com um resumo de suas propostas de campanha, na qual se compromete com uma “política fiscal responsável”, com foco no social. A carta foi publicada depois de Lula ter sido alvo de questionamentos por mais informações sobre seu programa de governo.

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No radar dos Mercados

O último pregão da semana promete ser agitado, com repercussão dos balanços de Amazon e Apple e o fechamento da compra do Twitter por Elon Musk. Além disso, os analistas olham o desempenho do PIB da Alemanha e da França, além do Índice PCE de inflação dos Estados Unidos, enquanto aumentam as expectativas de flexibilização do aperto monetário nos Estados. Com um menu tão amplo, a volatilidade pode continuar prevalecendo nos negócios.

🐦 Musk no comando. Em sua conta no Twitter, Elon Musk já se autodenominou “Chief Twit”. Demitiu os membros de alto escalão da rede social após fechar sua compra por US$ 44 bilhões, encerrando um roteiro de 6 meses de disputas. A rede social passa a ser uma empresa privada e Musk “twittou” que “o pássaro está livre”, em alusão às suas intenções de rever a moderação de conteúdo e o banimento de contas, como a do ex-presidente Donald Trump, para dar mais ‘liberdade de expressão’ à rede. As ações da empresa estão suspensas de negociação hoje nos Estados Unidos.

🇪🇺 Medindo o pulso. A esperança de que a Zona do Euro possa evitar a recessão foi reforçada pela Alemanha, que registrou outro trimestre de expansão econômica, desafiando as estimativas de uma contração de -0,2%. A economia alemã cresceu +0,3% entre julho e setembro. Mas o ímpeto da economia se desacelerou na França (+0,2%, inferior ao +0,5% anotado no trimestre anterior) e na Espanha (+0,2% frente aos três meses anteriores).

⛩️ Juros negativos. O Banco do Japão resiste à onda global de alta dos juros e manteve sua taxa básica negativa, conforme o esperado, sob argumento de que a economia japonesa continua frágil. Além disso, o governo japonês anunciou um pacote de gastos da ordem de US$ 200 bilhões para estimular a economia e aliviar parte da alta dos preços de energia. O iene oscilou entre altas e baixas após a decisão.

🤖 Big Techs no ar. Apple e Amazon completaram a decepção com o desempenho das big techs no último trimestre, em parte compensadas por resultados melhores do que o previsto de outros setores que compõem os índices acionários nos EUA.

🟢 As bolsas ontem (27): Dow Jones Industrials (+0,61%), S&P 500 (-0,61%), Nasdaq Composite (-1,63%), Stoxx 600 (-0,03%), Ibovespa (+1,66%)

Os mercados acionários dos EUA viveram outra sessão volátil em meio a especulações sobre o ritmo de aumento das taxas de juros do Fed após a reunião de novembro. Os resultados abaixo do esperado das grandes empresas de tecnologia amorteceram o ímpeto do mercado. Além disso, o relatório do PIB norte-americano mostrou que a economia se recuperou após dois trimestres de contração, mas revelou que os gastos dos consumidores continuam sob pressão.

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Agenda

Esta é a agenda prevista para hoje:

• EUA: Índice PCE/Set, Renda e Gasto Pessoal/Set, Índice do Custo de Emprego e de Salário Mínimo/3T22, Vendas Pendentes de Moradia, Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan

• Europa: Zona do Euro (Índice de Confiança na Economia); Alemanha, França e Espanha (PIB 3T22, IPC/Out) França (Gastos dos Consumidores/Set); Itália (IPC/Out e IPP/Set); Portugal (IPC/Out)

• Ásia: Japão (Taxa de Desemprego)

• América Latina: Brasil (IGP-M/Out); México (Balanço Fiscal/Set)

• Bancos centrais: Decisão de Política Monetária do BoJ e discurso de Haruniko Kuroda (presidente do BoJ)

• Balanços: Exxon Mobil, Chevron, Sanofi, Porsche, Airbus, Volkswagen, Colgate-Palmolive, Eni SpA, BBVA

📌 Para segunda-feira:

• EUA (PMI de Chicago/Out, Índice de Atividade Fed Dallas/Out); Zona do Euro (IPC/Out); Reino Unido (Aprovações de Hipotecas e Empréstimos Hipotecários/Set, Crédito ao Consumidor-BoE/Set); Alemanha (Vendas no Varejo/Set); Itália e Portugal (PIB/3T22) Japão e China (PMI Industrial/Out)

Balanços: Berkshire Hathaway, Cosco Shipping, Mosaic, Kyocera, Astra, Marriot, Black Stone

Destaques da Bloomberg Línea:

Elon Musk finaliza compra do Twitter por US$ 44 bi; CEO e CFO devem sair

Apple tem receita com iPhone abaixo do esperado e ações caem

Amazon prevê receita menor no quarto trimestre e ações despencam

E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: Por que o plano ‘radical’ do Credit Suisse pode ser pouco para investidores | AliExpress busca ‘rei do batom’ para replicar live commerce no Brasil | Gol bate recorde em ganho por passageiro e reduz prejuízo em 43%

• Opinião Bloomberg: Trabalho presencial não é mais para ser produtivo

• Pra não ficar de fora: Risco de crise alimentar e energética se agrava com moedas desvalorizadas

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Edição: Michelly Teixeira, News Editor | Europe