Taxa de desemprego recua no Brasil e 4 assuntos do Brasil e do mundo

Confira os principais tópicos que vão marcar o sentimento dos mercados nesta quinta-feira (27)

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Bloomberg Línea — O dia começa com os números da taxa de desocupação e da força de trabalho no Brasil, além de uma extensa agenda de balanços corporativos aqui e nos Estados Unidos. Lá fora, também nos EUA, sai a prévia do PIB do terceiro trimestre do ano, e a decisão da taxa básica de juros do Banco Central Europeu (BCE).

Veja as outras notícias que devem impactar os mercados nesta quinta-feira (27):

1. Desemprego

A taxa de desocupação do trimestre móvel de julho a setembro de 2022 ficou em 8,7%, recuo de 0,6 ponto percentual ante o trimestre de abril a junho de 2022, que era de 9,3%, e 3,9 pontos percentuais frente ao mesmo período de 2021, que era de 12,6%, segundo dados da PNAD Contínua divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A população desocupada, ou 9,5 milhões de pessoas, caiu ao menor nível desde o trimestre terminado em dezembro de 2015, recuo de 6,2%, ou menos 621 mil pessoas no trimestre e 29,7% - ou menos 4,0 milhões no ano. Já a população fora da força de trabalho, ou 64,7 milhões de pessoas, permaneceu estável ante o trimestre anterior e recuou 1,1% - menos 727 mil pessoas no ano.

2. Juros mais altos

O Banco Central Europeu (BCE) dobrou sua taxa básica de juros para o nível mais alto em mais de uma década, intensificando seus esforços contra uma inflação recorde e diante de uma provável recessão. Os formuladores de políticas monetárias apresentaram um segundo aumento consecutivo de 75 pontos-base nesta quinta-feira, conforme o esperado. Isso traz a taxa, que estava abaixo de zero em julho deste ano, para 1,5%.

“A inflação continua muito alta e ficará acima da meta por um período prolongado”, disse o BCE em comunicado. “O Conselho do BCE tomou a decisão de hoje e espera aumentar ainda mais as taxas de juros, para garantir o retorno oportuno da inflação à sua meta de inflação de médio prazo de 2%.”

3. Mercados

Os futuros americanos operam sem direção única, enquanto os investidores digerem os resultados considerados decepcionantes das empresas de tecnologia e a divulgação da prévia do PIB do país, alta de 2,6% no terceiro trimestre, melhor do que o esperado. Às 10h33, o Dow Jones subia 0,68%, enquanto o S&P subia 0,08% e o Nasdaq caía 0,59%. O Dollar Index, que mede a força da moeda americana em relação a uma cesta de outras moedas, subia 0,50% no mesmo horário.

As bolsas europeias seguiam o tom misto logo após a divulgação da nova taxa de juros da Zona do Euro pelo BCE. O FTSE de Londres caía 0,08%, enquanto o Stoxx600 recuava 0,72% no mesmo horário.

4. Manchetes do dia

  • Estadão: Denúncias de assédio eleitoral crescem 2.577% entre 1º e 2º turnos; MPT investiga
  • Folha de S. Paulo: Bolsonaro reforça ataques ao TSE na reta final e pavimenta ‘3º turno’ em caso de derrota
  • O Globo: Passe livre vira trunfo de Lula e Bolsonaro contra abstenção; número de eleitores beneficiados dobra no segundo turno
  • Valor: Programas de Bolsonaro e Lula preveem alteração no teto de gastos

5. Agenda

A agenda de indicadores do dia está carregada, com destaque para a taxa de desemprego do Brasil para o mês de setembro e a confiança da indústria do mês de outubro. Lá fora, nos EUA, os destaques são a prévia do PIB no terceiro trimestre, pedidos iniciais de seguro desemprego e o índice de preços para despesas com consumo pessoal (PCE). Na Europa, o dado mais relevante é a nova taxa de juros da Zona do Euro.

A agenda de balanços continua a todo vapor tanto nos EUA quanto no Brasil. Por aqui, os destaques são os resultados da Ambev, Vale, Suzano, Lojas Renner e Klabin. Nos EUA, saem os resultados da Apple, Amazon, Mastercard, Samsung, Merck, Shell, McDonald’s, T-Mobile, TotalEnergies, Comcast, Honeywell, Intel, S&P Global, Caterpillar, AB InBev, EDF, Shopify, PG&E, Repsol, EDP e Pinterest.

E também...

Os preços do petróleo se estabilizaram nesta manhã depois de uma queda acentuada na sessão anterior, com o otimismo das exportações recordes de petróleo dos EUA se equilibrando na balança com as preocupações de uma menor demanda da China, o maior importador de petróleo bruto do mundo. Às 8h25, o petróleo tipo Brent subia 0,41%, a US$ 94,08 o barril, enquanto o WTI subia 0,34%, a US$ 88,20 o barril.

--Com informações da Bloomberg News

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