Quaest: Lula segue à frente, mas diferença é menor com eleitores que devem votar

Ex-presidente chegou a 48% das intenções de voto para o segundo turno, contra 42% do presidente; no cenário com estimativa de abstenção, disputa é mais apertada

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Bloomberg Línea — Nova pesquisa da Quaest com a Genial Investimentos aponta um cenário de estabilidade na corrida entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (26), Lula tem 48% das intenções de voto, um ponto a mais que o registrado há uma semana, e Bolsonaro, 42%, o mesmo patamar da semana passada. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Os eleitores indecisos e os que disseram que vão votar em branco ou nulo somam 10%. Sem eles na conta, Lula chega aos 53% das intenções de voto, contra 47% de Bolsonaro.

Os dados mostram a situação está cristalizada, embora Lula tenha melhorado seu desempenho no Nordeste, onde lidera com folga, e no Sudeste, em que agora está em empate técnico com Bolsonaro.

No Nordeste, o petista saiu de 67% para 69% em uma semana, enquanto Bolsonaro caiu de 25% para 23%. No Sudeste, Lula subiu de 39% para 43%, enquanto o presidente saiu de 47% para 46%. Nas regiões Sul e Centro-Oeste, Bolsonaro mantém liderança confortável.

No cenário que considera os eleitores mais prováveis a comparecerem às urnas no domingo (30), descrito como “likely voter”, Lula aparece com 52,1% dos votos válidos, contra 47,9% de Bolsonaro. Na semana passada, essa diferença entre os candidatos era maior, de 52,8% contra 47,2%.

Razões das rejeições dos dois candidatos

A rejeição ao presidente Bolsonaro aumentou de 46% para 48%, no limite da margem de erro. A pesquisa perguntou aos eleitores de Lula por que eles rejeitam o atual presidente. Para 22%, é por causa da agressividade; 16% consideram sua administração ruim e 12% citaram antipatia pessoal.

Os eleitores de Lula também responderam quais seus maiores receios caso Bolsonaro seja reeleito. Para 37%, o maior problema seria piorar a economia e a inflação aumentar. Para 10%, o maior receio é o de um golpe de Estado e uma ditadura. E outros 8% estão preocupados com a piora da fome no Brasil.

Já 64% dos eleitores de Bolsonaro disseram que o pior problema de Lula é que ele “é corrupto/já foi preso”, enquanto 8% falaram em má administração e 4% disseram que não gostam dele.

O maior problema de uma eventual eleição de Lula, para 32% dos eleitores de Bolsonaro, seria a “volta da corrupção”, segundo a pesquisa. Outros 19% disseram que o Brasil “viraria Cuba/Venezuela”. E 11% citaram uma possível piora na economia.

A pesquisa ouviu 2.000 pessoas de forma presencial entre os dias 23 e 25 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é BR-00470/2022.

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