Bloomberg — A Heineken apontou sinais de fraqueza na demanda do consumidor depois que as vendas de cerveja ficaram aquém das estimativas em meio a crescentes pressões inflacionárias.
A segunda maior cervejaria do mundo disse que os volumes de cerveja subiram 8,9% na base orgânica no terceiro trimestre, abaixo da estimativa média de 11,8% dos analistas. Os custos crescentes prejudicaram as margens e os preços mais altos desencorajaram alguns clientes a beber mais. As ações caíam até 10% nas negociações de Amsterdã, a maior queda desde 2003.
“Cada vez mais vemos razões para sermos cautelosos com as perspectivas macroeconômicas, incluindo alguns sinais de fraqueza na demanda do consumidor”, disse o presidente-executivo Dolf van den Brink nesta quarta-feira (26).
As cervejarias conseguiram proteger amplamente as margens este ano, elevando os preços para lidar com os custos crescentes. Mas há um limite para o quanto os clientes podem lidar com isso, pois a inflação desenfreada e os custos mais altos de alimentos e energia destroem o poder de compra discricionário.
A Heineken, em comunicado, observou “sinais iniciais de desaceleração da demanda no final de setembro e em outubro” em algumas partes da Europa.
A cervejaria holandesa manteve sua perspectiva de crescimento modesto este ano. A empresa disse que o mix de preços cresceu 13% no trimestre, impulsionado por aumentos em resposta à aceleração da inflação.
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