Bloomberg — A Microsoft (MSFT) reportou um aumento de 11% nas vendas trimestrais no período de julho a setembro, acima do projetado, devido à demanda resiliente por serviços corporativos de computação em nuvem. O impacto da alta do dólar, contudo, comprimiu o crescimento da receita para o ritmo mais lento em cinco anos.
As vendas no primeiro trimestre do ano fiscal, encerrado em 30 de setembro, subiram para US$ 50,1 bilhões, de acordo com comunicado divulgado nesta terça-feira (25). No período, o lucro líquido foi de US$ 17,6 bilhões, ou de US$ 2,35 por ação.
O resultado veio abaixo do esperado por analistas consultados pela Bloomberg News, que esperavam vendas de US$ 49,6 bilhões e lucro de US$ 2,29. Os serviços de nuvem Azure da Microsoft tiveram crescimento de 35%, ou 42%, excluindo o impacto da troca de moeda estrangeira – de acordo com as previsões.
Apesar de uma redução em alguns gastos corporativos em meio à desaceleração da economia global, a demanda se manteve pelos serviços do Azure, que executam e armazenam aplicativos de software das empresas, e versões baseadas na Web dos programas de produtividade do Office.
Ainda assim, a Microsoft obteve quase metade de sua receita no exterior. O dólar disparou para novas máximas em relação a uma cesta de moedas estrangeiras no mês passado, o que significa que as vendas internacionais da Microsoft valeram menos quando levadas de volta para casa.
À medida que a economia global oscila à beira da recessão, a gigante da tecnologia também está enfrentando a desaceleração da demanda por produtos como sistemas operacionais para PC.
“O tom definitivamente mudou”, disse Dan Morgan, gerente sênior de portfólio da Synovus Trust Co. “Começamos a ter uma grande mudança nas pesquisas de gastos com software - há um consenso geral de ‘a economia está desacelerando e estamos observando nossas despesas.’”
As ações da Microsoft caíam cerca de 2% no after hours nesta terça (25), por volta das 18h (horário de Brasília) após a divulgação dos resultados.
Após subirem 51% em 2021, as ações da companhia acumulam queda de 25% em 2022 até hoje, em meio a uma derrota nas grandes ações de tecnologia. Durante o último trimestre, as ações da empresa caíram 9,3%, enquanto o índice S&P 500 caiu 5,3%.
Veja mais em bloomberg.com
Leia também:
Crédito desacelera? Inadimplência sobe? O que esperar dos bancos no 3º tri
© 2022 Bloomberg L.P.