Apple aumenta preços de Apple Music e TV+ em meio a setor competitivo

Dona do iPhone disse que a alta do preço do Apple Music se deve a “um aumento nos custos de licenciamento”

Apple
Por Mark Gurman
24 de Outubro, 2022 | 05:10 PM

Bloomberg — A Apple (AAPL) aumentou os preços de seus serviços de música e do TV+ pela primeira vez, citando o aumento dos custos de licenciamento, uma medida que corre o risco de dar aos rivais uma vantagem em um setor de streaming altamente competitivo.

A empresa aumentou o preço do Apple Music para US$ 10,99 por mês - R$ 21,90 por mês no Brasil -, de US$ 9,99 para pessoas físicas, com efeito imediato, tornando-o mais caro do que os serviços da Spotify (SPOT) e Amazon (AMZN).

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Com sua plataforma de vídeo, TV+, a Apple continuará a oferecer um preço mais baixo do que empresas como Netflix (NFLX) ou Discovery, mas esse serviço demorou a conquistar tantos seguidores quanto as plataformas rivais. O preço do Apple TV+ subirá de US$ 4,99 para US$ 6,99 - R$ 14,90 no Brasil -, e o pacote padrão do Apple One aumenta US$ 2, para US$ 16,95 - R$ 34,90 no Brasil.

A investida da Apple no streaming nos últimos anos faz parte de um esforço mais amplo para gerar mais receita de serviços. Essa categoria agora é responsável por quase um quarto das vendas da empresa - quase US$ 20 bilhões no trimestre de junho - acima de menos de 10% em 2015. A Apple deve divulgar seus últimos resultados trimestrais nesta semana.

A empresa disse em comunicado que o aumento do preço do Apple Music se deve a “um aumento nos custos de licenciamento” e que artistas e compositores agora ganharão mais dinheiro. Isso foi uma boa notícia para os investidores da Warner Music.

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A Apple também está elevando seu plano anual de música para US$ 109 a partir de US$ 99 e sua assinatura anual TV+ para US$ 69 a partir de US$ 49. Os pacotes do Apple One para famílias custam US$ 22,95 - R$ 49,50 no Brasil -, enquanto o pacote Premier, que adiciona News+, Fitness+ e armazenamento adicional além do Arcade, Music e TV+, está subindo US$ 3, para US$ 32,95.

Embora as ações da companhia acumulem queda de 16% este ano, isso é uma derrota menor do que os principais índices sofreram. O S&P 500 perde mais de 20%.

Ao explicar o aumento da TV+, a Apple disse que o serviço foi lançado “a um preço muito baixo” porque começou com apenas alguns programas e filmes. Agora é “o lar de uma extensa seleção de séries premiadas e amplamente aclamadas, longa-metragens, documentários e entretenimento infantil e familiar dos contadores de histórias mais criativos do mundo”, disse.

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Ainda assim, a audiência do serviço não corresponde à de outras grandes plataformas de streaming. Embora a Apple TV+ tenha tido uma série de sucessos aclamados pela crítica, incluindo o vencedor do Oscar Coda e séries como Severance e Ted Lasso, o serviço continua sendo mais um no competitivo espaço de streaming de vídeo. Um relatório mais recente da Nielsen mostrou que os americanos passaram mais tempo assistindo a pelo menos cinco outros serviços pagos, além de vídeos suportados por anúncios do YouTube e da Pluto TV.

A Apple tem confiado cada vez mais em serviços para aumentar as vendas de hardware em um ambiente onde as atualizações de dispositivos se tornaram mais caras e menos frequentes. A empresa com sede em Cupertino, Califórnia, acelerou o lançamento de novas ofertas digitais nos últimos anos, incluindo cartão de crédito e, mais recentemente, contas bancárias.

A Apple também anunciou na segunda-feira a primeira versão do iPadOS 16 com o software multitarefa Stage Manager, bem como a atualização do macOS Ventura para desktops e laptops Mac. Também lançou o iOS 16.1 com bibliotecas de fotos compartilhadas do iCloud e novos recursos para casas inteligentes.

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A empresa não está sozinha no aumento dos preços de streaming. O custo do principal serviço Disney+ da Walt Disney aumentará 38%, para US$ 11 no final deste ano. A empresa está introduzindo um novo nível suportado por anúncios que terá o mesmo preço de sua oferta anterior de US$ 8 por mês. Isso segue um aumento de preço de 43%, para US$ 10 por mês, para seu serviço de streaming ESPN+ em agosto.

A Netflix, que elevou os preços no início do ano, também está introduzindo um plano suportado por anúncios - a US$ 7 por mês -, embora seja mais barato do que suas ofertas existentes.

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