Bloomberg — O Goldman Sachs (GS) espera que ações de empresas de mercados emergentes passem por mais rebaixamentos com base nas previsões de lucro, mesmo com valuations em queda e com um número maior de companhias da região com estimativas de ganhos reduzidas em relação aos EUA.
“Embora outros cortes significativos do LPA (lucro por ação) pareçam descontados nos valuations de ações de mercados emergentes, é provável que haja mais reduções no pipeline até que o cenário macro mais amplo mude de direção”, escreveram estrategistas como Kamakshya Trivedi em nota de 19 de outubro. Pode haver “um risco maior para partes mais expostas aos EUA” da região, escreveram.
A visão de Trivedi e equipe sobre mercados emergentes difere da avaliação de estrategistas do Morgan Stanley (MS) como Jonathan Garner, que em 4 de outubro afirmou que o ciclo baixista da classe de ativos chegou ao fim. A melhora de recomendação de Garner para mercados emergentes de “equal-weight” para “overweight” veio na esteira do mais longo período entre o pico e o piso do índice MSCI Emerging Markets em meio a um dólar forte e rigorosas medidas para frear a Covid na China.
A queda no valuation baseado em lucros do índice MSCI EM fica aproximadamente a meio caminho entre as perdas durante a crise financeira global e o “bear market” de 2018, de acordo com os cálculos do Goldman.
Estrategistas acrescentaram que investidores devem buscar mercados defensivos até que o cenário macro melhore. A equipe do Goldman tem recomendação overweight para América Latina, Sul e Sudeste da Ásia, Oriente Médio e Norte da África.
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