Kanye West compra o Parler, a rede social usada pela direita conservadora dos EUA

Movimento acontece em meio às polêmicas envolvendo as principais plataformas de mídia e a suspensão de contas famosas por questões polêmicas

O Parler foi banido das lojas de aplicativos do Google da Apple após violar as políticas em janeiro de 2021
Por Giles Turner
17 de Outubro, 2022 | 08:48 AM

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Bloomberg — Ye, antes conhecido como Kanye West, concordou em comprar o Parler, uma plataforma de mídia social que foi adotada por conservadores que deixaram o Twitter por alegações de censura política.

A Parlement Technologies, empresa por trás da Parler, anunciou na segunda-feira (17) que celebrou um acordo inicial para vender a plataforma de mídia social para Ye por um valor não divulgado, enquanto continuará a oferecer suporte técnico, como serviços em nuvem.

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A decisão de Ye de comprar a própria plataforma de mídia social ocorre em um momento em que as maiores empresas de tecnologia estão lutando para controlar e gerenciar alguns dos maiores usuários.

“Em um mundo onde as opiniões conservadoras são consideradas controversas, temos que garantir o direito de nos expressar livremente”, disse Ye em comunicado na segunda-feira.

Ye enfrentou recentemente restrições das principais plataformas de mídia social por quebrar as políticas de conteúdo. O Twitter removeu um tweet de Ye na semana passada sobre o povo judeu, apenas um dia depois que ele voltou à plataforma pela primeira vez em quase dois anos. O Instagram também excluiu postagens.

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O Parler foi banido das lojas de aplicativos do Google (GOOG) da Apple (AAPL) após violar as políticas em janeiro de 2021, seguindo a insurreição do Capitólio dos EUA. O aplicativo voltou à plataforma da Apple em maio de 2021, enquanto para a loja de aplicativos do Google voltou no mês passado.

O Parler está entre um grupo crescente de sites de tecnologia alternativa que visam dar aos conservadores um fórum para compartilhar pontos de vista que eles acham que são silenciados nos meios de comunicação convencionais. Essas plataformas brigam para cumprir a ampla definição de liberdade de expressão de seus usuários, ao mesmo tempo em que cumprem as políticas da loja de aplicativos.

O CEO da Tesla (TSLA), Elon Musk, que deu as boas-vindas ao rapper de volta ao Twitter poucas horas antes de a conta de Ye ser bloqueada, decidiu prosseguir com sua oferta de compra do site após meses de negociações. Musk disse que priorizará a liberdade de expressão e criticou a decisão de bloquear indivíduos como o ex-presidente Donald Trump por violar suas regras.

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A plataforma rival de Trump, a Truth Social, está disponível na Apple App Store desde fevereiro, mas ainda não foi lançada na Google Play Store.

Ye recentemente causou polêmica depois de usar uma camisa na semana de moda de Paris que dizia “White Lives Matter”.

O perfil de usuário de Ye no Parler, vinculado ao comunicado de imprensa que anuncia o acordo, foi criado na segunda-feira.

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--Com a colaboração de Julia Love

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