Bloomberg Línea — No dia 26 de setembro, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) confirmou a saída de seu presidente, Mauricio Claver-Carone, porque foi comprovado que ele tinha um relacionamento com uma assessora do alto escalão do banco.
Carone foi nomeado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump em outubro de 2020 e foi o primeiro norte-americano a ocupar o cargo. Substituiu o colombiano Luis Alberto Moreno, que passou 15 anos na liderança da entidade durante diversos mandatos.
A demissão de Carone deu início a uma negociação entre os países da região para nomear um substituto no comando do BID, que administra um grande talão de cheques para financiar projetos de infraestrutura, finanças e saúde, entre outros setores, na América Latina e no Caribe.
Nesse ambiente, nas reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI), o ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, disse a jornalistas em Washington que já havia sugerido um candidato, que não identificou, à secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen. Guedes disse que Yellen reagiu favoravelmente à sugestão, mas ainda não houve decisão sobre o assunto.
Paulo Guedes disse que está trabalhando em uma aliança com a Colômbia no BID e que o Chile também indicará um candidato. Na semana passada, o ministro disse que espera que o próximo presidente do BID seja latino-americano e uma pessoa “extremamente experiente nos setores público e privado”.
Além disso, na semana passada, o México revelou que apoiaria a mexicana Alicia Bárcena, que até este ano era secretária da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), com sede no Chile.
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