Bloomberg — Os preços do petróleo caíam pelo quarto dia consecutivo, marcando a maior perda seguida em mais de um ano, com investidores temendo que uma desaceleração global possa prejudicar o consumo de energia, além do relatório do setor apontou para um grande aumento nos estoques dos Estados Unidos.
O West Texas Intermediate (WTI) recuava para US$ 87 o barril após uma queda de quase 6% nos três dias anteriores. Na quarta-feira (12), a ata do Federal Reserve mostraram que as autoridades do banco central americano estão comprometidas em elevar as taxas de juros a um nível restritivo e mantê-las lá para conter a inflação, potencialmente desacelerando o crescimento.
Enquanto isso, números do American Petroleum Institute, financiado pela indústria, mostraram um aumento de mais de 7 milhões de barris na semana passada, segundo pessoas familiarizadas com o comunicado. Os dados oficiais serão divulgados nesta quinta-feira.
O petróleo subiu na semana passada após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados concordarem em cortar o fornecimento de petróleo, mas esse avanço foi parcialmente desfeito desde segunda-feira. Os traders estão cada vez mais preocupados com o cenário de uma recessão global e com a queda no consumo de petróleo, bem como o impacto do fortalecimento do dólar e da estratégia Covid Zero da China.
“A força dominante e persistente é o medo da recessão”, disse Vandana Hari, fundadora da Vanda Insights em Singapura. Dito isso, “a correção do território de compra da semana passada pode estar quase concluída. O Brent pode encontrar um fundo temporário em torno de US$ 90″, disse ela.
Preços do petróleo
- O WTI para entrega em novembro caía 0,3%, para US$ 87,02 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York às 6h30 (horário de Brasília)
- O Brent para liquidação em dezembro recuava 0,2%, a US$ 92,29 o barril na bolsa ICE Futures Europe
A Opep reduziu as previsões para a quantidade de petróleo necessária neste trimestre, de acordo com um relatório mensal na quarta. A Agência Internacional de Energia divulgará sua análise do mercado na quinta-feira, lançando mais luz sobre as tendências da demanda e o provável impacto das sanções sobre os fluxos de petróleo russos.
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