Americanos devem pagar a conta de energia mais cara dos últimos 25 anos

EUA enfrentam alta de preços com a escassez de matrizes energéticas, como o petróleo, que abastece principalmente o nordeste do país

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Bloomberg — As famílias americanas devem enfrentar uma conta de energia média de US$ 1.359 neste inverno, a maior desde pelo menos 1997, segundo a Energy Information Administration. Embora grande parte desse aumento seja impulsionado pelos custos mais altos do gás natural, as casas que dependem do petróleo para aquecimento - como no nordeste do país - serão atingidas ainda mais, com uma conta média de US$ 2.354.

A perspectiva vem na esteira da escassez global de diesel e gás natural, que deve trazer um inverno difícil para as famílias do Hemisfério Norte.Na Europa, onde a invasão da Ucrânia pela Rússia exacerbou um mercado de gás já apertado, os governos estão fazendo planos de contingência para manter o calor fluindo e as luzes acesas. Os custos mais altos de energia estão aumentando as pressões inflacionárias históricas, com os consumidores já pagando mais caro por tudo, desde gasolina até mantimentos.

Nos EUA, os suprimentos de diesel estão no nível sazonal mais baixo já registrado, enquanto os estoques de gás estão 6% abaixo da média de cinco anos. A crise de energia afetará predominantemente o nordeste dos EUA, que tem capacidade limitada de gasodutos e depende de diesel para aquecimento.

Os preços do gás natural e do destilado - que inclui o óleo de aquecimento - devem subir quase 30% neste inverno, disse a agência. Embora os estoques de gás possam aumentar com a maior produção dos EUA, a produção de destilados deve se manter no nível do ano passado, enquanto a guerra e a crise energética na Europa limitam as importações para a Costa Leste.

--Com a colaboração de Gerson Freitas Jr. e Naureen S. Malik

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