Americanos devem pagar a conta de energia mais cara dos últimos 25 anos

EUA enfrentam alta de preços com a escassez de matrizes energéticas, como o petróleo, que abastece principalmente o nordeste do país

Os preços do gás natural e do destilado - que inclui o óleo de aquecimento - devem subir quase 30% neste inverno, disse a agência
Por Julia Fanzeres
13 de Outubro, 2022 | 06:38 AM

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Bloomberg — As famílias americanas devem enfrentar uma conta de energia média de US$ 1.359 neste inverno, a maior desde pelo menos 1997, segundo a Energy Information Administration. Embora grande parte desse aumento seja impulsionado pelos custos mais altos do gás natural, as casas que dependem do petróleo para aquecimento - como no nordeste do país - serão atingidas ainda mais, com uma conta média de US$ 2.354.

A perspectiva vem na esteira da escassez global de diesel e gás natural, que deve trazer um inverno difícil para as famílias do Hemisfério Norte.Na Europa, onde a invasão da Ucrânia pela Rússia exacerbou um mercado de gás já apertado, os governos estão fazendo planos de contingência para manter o calor fluindo e as luzes acesas. Os custos mais altos de energia estão aumentando as pressões inflacionárias históricas, com os consumidores já pagando mais caro por tudo, desde gasolina até mantimentos.

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Nos EUA, os suprimentos de diesel estão no nível sazonal mais baixo já registrado, enquanto os estoques de gás estão 6% abaixo da média de cinco anos. A crise de energia afetará predominantemente o nordeste dos EUA, que tem capacidade limitada de gasodutos e depende de diesel para aquecimento.

Os preços do gás natural e do destilado - que inclui o óleo de aquecimento - devem subir quase 30% neste inverno, disse a agência. Embora os estoques de gás possam aumentar com a maior produção dos EUA, a produção de destilados deve se manter no nível do ano passado, enquanto a guerra e a crise energética na Europa limitam as importações para a Costa Leste.

--Com a colaboração de Gerson Freitas Jr. e Naureen S. Malik

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