Bloomberg — A Meta Platforms Inc. (META, a holding do Facebook) alertou cerca de 1 milhão de usuários do Facebook de que suas credenciais de conta (nomes e senhas de login) podem ter sido comprometidas devido a problemas de segurança com aplicativos baixados das lojas de software da Apple Inc. (AAPL) e Alphabet Inc. (GOOG).
A companhia anunciou na sexta-feira (7) ter identificado mais de 400 aplicativos maliciosos para Android e iOS neste ano que miram usuários da internet para roubar suas informações de login. A Meta disse já ter notificado a Apple e o Google sobre o problema para facilitar a remoção dos aplicativos.
Os apps disfarçam-se de editores de fotos, jogos para celular ou rastreadores de saúde, relatou o Facebook. A Apple disse que 45 dos 400 aplicativos problemáticos estavam em sua App Store e foram removidos. O Google removeu todos os aplicativos maliciosos identificados, segundo um porta-voz.
“Os cibercriminosos sabem como esses tipos de apps são populares e usam temas semelhantes para enganar as pessoas e roubar suas contas e informações”, disse David Agranovich, diretor da Meta responsável por monitorar ameaças à segurança dos produtos da companhia.
“Se um app promete algo bom demais para ser verdade, como recursos inéditos para outra plataforma ou site de mídia social, é provável que tenha segundas intenções”.
Um golpe típico aconteceria, por exemplo, depois que um usuário baixasse um dos apps maliciosos. O aplicativo exigiria um login no Facebook para funcionar além da funcionalidade básica, ludibriando o usuário a fornecer seu nome de usuário e senha. Os usuários podem, por exemplo, fazer upload de uma foto editada em sua conta do Facebook. Mas, no processo, eles comprometeram sua conta sem saber, dando acesso ao autor do aplicativo.
A Meta informou ainda que compartilharia dicas com possíveis vítimas sobre como elas podem evitar ser “recomprometidas” aprendendo a identificar melhor apps problemáticos que roubam credenciais, seja para o Facebook ou outras contas. A atividade maliciosa ocorreu nos sistemas Meta, disse Agranovich, acrescentando que nem todas as 1 milhão de pessoas necessariamente tiveram suas senhas comprometidas.
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