EUA: criação de empregos perde força em setembro, mas fica acima de projeções

Números sugerem que o mercado de trabalho continua sólido e que o banco central americano pode fazer novos apertos monetários para conter a alta da inflação

Ainda na divulgação de hoje, o ganho médio por hora trabalhada nos EUA se manteve em 0,3%, mesmo patamar da última divulgação
07 de Outubro, 2022 | 09:38 AM

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Bloomberg Línea — Os Estados Unidos desaceleraram a criação de empregos em setembro para 263 mil vagas de trabalho (sem contar o setor agrícola), abaixo dos 315 mil do último mês, mas acima das 255 mil vagas estimadas por economistas da Bloomberg. A taxa de desemprego caiu para 3,5%, ante os 3,7% registrados em agosto. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Trabalho americano nesta sexta-feira (7).

Os números sugerem que a geração de emprego continua forte nos EUA, apesar de ter desacelerado após as contínuas altas de juros pelo Federal Reserve. Portanto, o banco central americano tem endosso do vigor da economia americana para continuar a trajetória de aumentos para conter a alta da inflação.

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Esse foi o primeiro indicador mensal do mercado de trabalho após a decisão de política monetária do Fed no dia 21 de setembro - em que a autoridade aprovou o terceiro aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual no intervalo da taxa de juros.

Perto do meio-dia (horário de Brasília), o S&P 500 caía 1,75%, enquanto a Nasdaq recuava 2,47%.

Em seu discurso após a decisão de setembro, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o Fomc, o comitê de política monetária do Fed, “está fortemente decidido a reduzir a inflação” e que, para isso, “serão necessários uma flexibilização do mercado de trabalho e um crescimento econômico abaixo da atual tendência”.

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Ainda na divulgação de hoje, o ganho médio por hora trabalhada nos EUA se manteve em 0,3%, mesmo patamar da última divulgação.

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Ana Siedschlag

Editora na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero e especializada em finanças e investimentos. Passou pelas redações da Forbes Brasil, Bloomberg Brasil e Investing.com.