O que acontece com o Banco Econômico após a compra pelo BTG Pactual

Operação faz parte da estratégia do BTG de comprar carteiras inadimplentes; instituição adquirida deixa liquidação extrajudicial e passa a ser chamada de Besa

BTG Pactual conclui aquisição após ter vencido leilão do BNDES e do FGC assumindo seus créditos do Banco Econômico, em setembro, pelo valor mínimo (R$ 937,750 milhões)
07 de Outubro, 2022 | 10:39 AM

São Paulo — O BTG Pactual (BPAC11), um dos maiores bancos de investimento da América Latina, concluiu a aquisição do controle acionário do Banco Besa (nova denominação do Banco Econômico), informou a instituição financeira, na manhã desta sexta-feira (7). Com isso, foi autorizado o levantamento da liquidação extrajudicial da companhia com efeitos imediatos.

Um pedido de registro de oferta pública de aquisição de ações remanescentes do Besa será encaminhado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a fim de cancelamento do registro de companhia aberta, acrescentou o comunicado.

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O capital social do Besa passou de R$ 500,741 milhões para R$ 668,857 milhões. O aumento de capital foi homologado mediante aporte de créditos existentes contra a própria companhia, homologado em AGE (Assembleia Geral Extraordinária) realizada em 6 de julho, informou fato relevante do Besa.

O Banco Econômico entrou em processo de intervenção em em agosto de 1995 passando para a liquidação extrajudicial em 1996, quando possuía R$ 401 milhões em dívidas relativas a repasses do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e débitos com o extinto FGDLI (Fundo de Garantia dos Depósitos e Letras Imobiliárias), que foi sucedido pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) quando este foi criado.

Posteriormente, esses créditos foram incorporados à massa liquidanda da instituição. O BNDES e o FGC leiloaram seus créditos do Banco Econômico em setembro do ano passado. O BTG venceu o leilão pelo valor mínimo (R$ 937,750 milhões), comentando que a operação fazia parte da sua estratégia de compra de carteira de créditos inadimplentes.

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Com a operação, o BNDES e o FGC garantiram a recuperação de créditos que estão em suas carteiras há 25 anos e sem perspectiva de recuperação antes de 2028.

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Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 29 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.