Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.
Seja por uma adaptação ao modelo de trabalho híbrido ou pelas incertezas que se abrem no front econômico, as empresas de tecnologia começam a repensar seus espaços de trabalho, com algumas companhias desistindo de escritórios próprios e outras suspendendo vultosos contratos de locação.
Um exemplo desse movimento é o SoftBank, que deve deixar seus escritórios próprios remanescentes para trabalhar dos espaços compartilhados da WeWork, disseram à Bloomberg Línea pessoas a par do tema. Segundo fontes, na semana passada a instituição demitiu dez pessoas de sua equipe para a América Latina, o equivalente a 19% da força de trabalho na região.
Atualmente, boa parte dos escritórios do SoftBank já funciona de uma WeWork, como na Cidade do México, e os funcionários têm dois crachás: do SoftBank e da WeWork, que permite que eles acessem qualquer ambiente da empresa fundada por Adam Neumann pelo mundo.
O banco não foi o único a repensar seus espaços. Após dois anos de intensas negociações, a Amazon desistiu de ocupar cerca de 20 mil metros quadrados no Edifício Faria Lima Plaza, o FL Plaza, a icônica nova torre no Largo da Batata, na ponta norte da Avenida Faria Lima, em São Paulo, disseram pessoas familiarizadas com o assunto à Bloomberg Línea.
Enquanto isso, em Nova York...
A Meta, holding do Facebook, planeja fechar um de seus escritórios em Nova York, segundo apurou a Bloomberg News. A empresa está exercendo sua opção de rescindir seu contrato de aluguel na 225 Park Avenue South, em Manhattan, cortando alguns de seus planos de crescimento na cidade. A Meta vai congelar contratações e planeja reestruturar algumas equipes para cortar despesas e realinhar prioridades, disse recentemente Mark Zuckerberg a seus funcionários.
⇒ Leia mais: SoftBank deve deixar escritórios próprios e mudar para WeWork
No radar dos Mercados
O mercado se divide entre ir às compras ou aceitar os sinais de que o caminho mais provável para os juros norte-americanos é o de alta. Diante das incertezas quanto ao rumo da economia, os investidores dirigem um olhar atento aos indicadores macroeconômicos. Nesta semana, o protagonismo tem sido dos dados de mercado de trabalho, como o ADP, que ontem mostrou um ritmo de contratações ainda firme no setor privado, apesar do aperto monetário do Federal Reserve (Fed).
🏁 Motores do dia. Enquanto esperam as cifras sobre as folhas de pagamento (payroll), programadas para amanhã, os investidores também monitoram o petróleo após o corte de produção da OPEP+, que afeta de muitas formas a atividade e os preços na economia. Em meio à insistência de dirigentes do Fed sobre a prioridade de aplacar a inflação, os investidores ora buscam ativos de proteção contra a política restritiva, ora se arriscam com apostas em uma flexibilização que permita afrouxar o aperto monetário nos EUA.
⛽ Petróleo x Economia. A cotação do petróleo, que afeta de muitas formas a atividade econômica e os preços, também é destaque nesta jornada. A OPEP+ confirmou ontem o corte de produção de 2 milhões de barris e a Casa Branca respondeu informando que usará reservas estratégicas para combater os efeitos do corte sobre a economia. Enquanto a cotação mais alta da commodity tem poder de pressionar a inflação, analistas ponderam que o combustível mais caro também é inibidor de demanda, o que poderia ajudar a esfriar a economia e contribuir para o objetivo Fed.
🪢 Esticando a corda. Raphael Bostic (Fed de Atlanta), cujo discurso costuma ser sinalizador sobre os passos do banco central dos EUA, disse ontem que é favorável a levar o juro norte-americano a 4,5% até o final deste ano, o que significaria 125 pontos-base de aperto adicional. Sua colega de San Francisco, Mary Daly, alertou contra a expectativa de cortes nas taxas em 2023, e hoje estão previstos discursos de outros quatro integrantes do Fed. O consenso tem prevalecido nos discursos.
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🟢 As bolsas ontem (5): Dow Jones Industrials (-0,14%), S&P 500 (-0,20%), Nasdaq Composite (-0,25%), Stoxx 600 (-1,02%), Ibovespa (-0,61%)
As bolsas norte-americanas terminaram no vermelho após dois dias de forte valorização. Em uma sessão notadamente volátil, os investidores se orientaram por novos dados mostrando que as empresas contrataram a um ritmo sólido em setembro. A leitura é de que o mercado de trabalho aquecido poderia complicar a luta do Fed para conter a inflação.
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Agenda
Esta é a agenda prevista para hoje:
• Feriado: China
• Indicadores PMIs de Construção: Zona do Euro, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, China (PMI Caixin)
• EUA: Pedidos Iniciais de Seguro Desemprego, Demissões Anunciadas Challenger/Set, Estoques de Gás Natural
• Europa: Zona do Euro (Vendas no Varejo/Ago); Alemanha (Encomendas à Indústria/Ago); Espanha (Produção Industrial/Ago);
• Ásia: Japão (Reservas Internacionais, Gastos Domésticos/Ago, Massa Salarial/Ago)
• América Latina: Brasil (Produção e Venda de Veículos/Set, IGP-DI/Set); México (Investimento Bruto/Jul); Argentina (Produção Industrial/Ago)
• Bancos centrais: BCE divulga ata da Reunião de Política Monetária. Discursos de Charles Evans, Loretta Mester, Lisa Cook e Christopher Waller (Fed)
📌 Para amanhã:
• EUA: (Relatório de Emprego-Payroll/Set, Vendas no Atacado/Ago, Crédito ao Consumidor/Ago); Zona do Euro (Cúpula de Líderes da União Europeia). Pronunciamentos de John Williams (Fed) e David Ramsden (BoE)
Destaques da Bloomberg Línea:
• Os planos do BofA para a América Latina após aumentar a receita em 9% na região
• Ipec: Lula tem 51% das intenções de voto para o 2º turno, e Bolsonaro, 43%
• Lição de Volcker: Recuperação das bolsas dos EUA pode levar anos
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