Bloomberg Línea — A produção industrial caiu 0,6% de julho para agosto, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (5). O resultado veio em linha com a mediana de -0,6% esperada pelo mercado, de acordo com a Bloomberg. O setor industrial segue 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia registrado em fevereiro de 2020 e 17,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Na comparação ano a ano, a produção cresceu 2,8%.
“A produção industrial mostrou melhora no seu ritmo ao logo de 2022, o que fica expresso, especialmente, na maior frequência de resultados positivos ao longo do ano: avançou em cinco dos oito meses de 2022. Nesse mês, volta a marcar queda na produção, mas com a característica de ser um recuo concentrado em poucas atividades, uma vez que somente oito das 26 apontaram taxas negativas”, disse o gerente da pesquisa, André Macedo, em nota.
No ano, a produção industrial acumula queda de 1,3% e de 2,7% no período de 12 meses.
Setores mais afetados
Oito setores tiveram um resultado negativo em agosto, segundo o IBGE, sendo que a maior influência negativa para o resultado do mês quando comparado a julho veio do setor ligado a produção de combustíveis (-4,2%). Para Macedo, a queda “é algo mais pontual”.
“Houve uma perda disseminada entre os produtos desse ramo industrial, com redução na produção de óleo diesel, óleos combustíveis, gasolina, álcool, entre outros. Mas essa atividade, em comparações mais alongadas, mostra um comportamento positivo”, afirmou.
A indústria de produtos alimentícios também oscilou negativamente (-2,6%), interrompendo três meses seguidos de alta, e as indústrias extrativas (-3,6%), eliminando parte do avanço de 4,6% acumulado em junho e julho.
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