Bloomberg Línea — Depois de pedir que os brasileiros votem em um candidato comprometido com o fortalecimento das instituições e a preservação do meio ambiente, já na reta final do primeiro turno, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou nesta quarta-feira (5) apoio a Lula (PT) para os segundo turno das eleições.
Em seu Twitter, FHC fez uma publicação afirmando que vota “por uma história de luta pela democracia e inclusão social”, usando imagens do ex-presidente e candidato às eleições presidenciais pelo PT.
O movimento expõe uma divisão dentro do PSDB. Na terça-feira (4), o partido liberou seus diretórios estaduais para apoiar Lula ou Jair Bolsonaro (PL). No mesmo dia, Rodrigo Garcia, governador do estado de São Paulo pelo PSDB, pediu voto para o presidente Bolsonaro, posição que diverge de outras lideranças tucanas, como Tasso Jereissati e Aloysio Nunes.
Ontem, o economista Armínio Fraga, que foi presidente do Banco Central do Brasil durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, declarou seu voto a Lula no segundo turno. José Serra, que disputou a Presidência duas vezes, em 2002 e 2010, também anunciou ontem seu apoio a Lula em mensagem publicada nas redes sociais.
Anteriormente, ainda no primeiro turno, sete ex-ministros do governo FHC já haviam declarado apoio ao candidato petista: Aloysio Nunes Ferreira, Nelson Jobim, Claudia Costin, Paulo Sergio Pinheiro, José Gregori, José Carlos Dias, e Luiz Carlos Bresser-Pereira. André Lara Resende, um dos formuladores do Plano Real, também havia declarado seu apoio a Lula.
FHC foi presidente do Brasil de 1995 a 2002 durante dois mandatos, e a ele é creditada uma das principais conquistas econômicas da história recente da República, que foi o controle da inflação com o Plano Real, depois de uma década de sucessivos planos econômicos fracassados. O Plano Real foi articulado um ano antes, em 1993, ainda no governo de Itamar Franco, quando FHC era o ministro da Fazenda.
-- Com informações da Bloomberg News
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