Eleições 2022: como votaram os brasileiros que moram pela América Latina

Mais de 23 mil cidadãos brasileiros votaram em outros países da região; Bolsonaro venceu na maioria das cidades

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Bloomberg Línea — Países vizinhos do Brasil também participaram do processo eleitoral. Mais de 23 mil cidadãos brasileiros que moram em outras partes da América Latina votaram no primeiro turno realizado neste domingo (2).

Ao contrário do que aconteceu no Brasil, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a maior quantidade de votos no primeiro turno, nas urnas eleitorais localizadas nas embaixadas e consulados brasileiros na América Latina quem ficou na frente foi o atual presidente Jair Bolsonaro, que levou 50,29% dos votos válidos. Lula, por outro lado, obteve apenas 40,6% dos votos dos brasileiros na região.

Argentina e Paraguai com maior número de eleitores

O país com o maior número de votos foi a Argentina, onde votaram 7.444 brasileiros, distribuídos entre as sedes diplomáticas em Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Puerto Iguazú. Lá, Lula obteve o maior número de votos (63,54%). Bolsonaro obteve meros 29,14% dos votos.

A única cidade argentina onde o candidato de direita ganhou foi Mendoza, onde levou 55,34% dos votos. Em Buenos Aires, a cidade latino-americana com mais eleitores brasileiros, Lula venceu com 64,68% dos votos.

O segundo país em número de eleitores brasileiros foi o Paraguai, onde havia urnas distribuídas em seis cidades (Assunção, Ciudad del Este, Concepción, Encarnación, Pedro Juan Caballero e Salto del Guairá). Bolsonaro obteve um desempenho arrebatador, ganhando 83,02% dos votos. Lula obteve apenas 12,4% dos votos no país.

Outros países da região

A maioria dos países latino-americanos mostrou preferência por Bolsonaro, com algumas exceções: Chile, Colômbia, Cuba, México, Nicarágua e Uruguai. No restante, prevaleceu o atual presidente.

  • Na segunda maior economia da América Latina, o México, Lula saiu vitorioso, levando 44,20% dos votos, contra 42,84% de Bolsonaro. 1.424 pessoas foram às urnas, que estavam concentradas na capital, Cidade do México.
  • Na Bolívia, cerca de 1.773 pessoas foram votar em Cochabamba, La Paz e Santa Cruz de la Sierra. No total, Bolsonaro obteve 73,77% dos votos e venceu nas três cidades. Lula ficou com apenas 20,05%.
  • No Chile, a única seção de votação estava em Santiago, onde cerca de 2.039 pessoas votaram. 44,86% dos votos válidos foram para Lula e 41,09% para Bolsonaro.
  • Na Colômbia, a votação ocorreu somente em Bogotá: 723 pessoas compareceram às urnas. 52,82% votaram em Lula e 35,02% votaram em Bolsonaro.
  • Na Costa Rica, 380 brasileiros votaram: 46,05% para Lula e 37,06% para Bolsonaro.
  • Cuba foi o país em que Lula teve a maior diferença percentual: de 31 eleitores, 28 o escolheram. Apenas um voto foi para o Bolsonaro.
  • Na Guatemala, 147 pessoas compareceram para votar e 52,8% dos votos válidos foram para Bolsonaro, enquanto Lula ficou com apenas 21,77%.
  • Em El Salvador, Bolsonaro também venceu, levando 55,41% dos votos válidos, enquanto Lula obteve apenas 29,73%. Um total de 77 pessoas votaram no país.
  • Também em Quito, no Equador, Bolsonaro levou a melhor: ele obteve 60,31% dos votos, à frente dos 28,72% de Lula. Um total de 393 pessoas foram às urnas no Equador.
  • 89 brasileiros votaram em Tegucigalpa, a capital de Honduras. 53,41% votaram em Bolsonaro e 39,77% em Lula.
  • Em Manágua, Nicarágua, 86 brasileiros votaram. Entre os votos válidos, 43,04% foram em apoio ao candidato de esquerda e 40,51% a Bolsonaro.
  • No Panamá, foram contados cerca de 696 votos – Bolsonaro ganhou 51,48% dos votos, em detrimento de Lula, que recebeu 31,56%.
  • No Peru, 807 pessoas votaram: 38,73% dos votos foram para Bolsonaro e 34,64% para Lula.
  • Santo Domingo, capital da República Dominicana, recebeu votos de 214 eleitores brasileiros. 31,10% votaram em Lula e 55,98% em Bolsonaro.
  • O Uruguai foi o terceiro país da região com o maior número de residentes brasileiros a votar (1.850 pessoas). 47,29% foram em apoio de Lula e 39,13% Bolsonaro. Havia runas em Montevidéu, Artigas e Rio Branco.

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