Bloomberg Línea — O Congresso Nacional é formado por duas casas legislativas: a Câmara dos Deputados, que representa as populações dos estados, e o Senado, que representa os estados. Nas eleições deste domingo (2), os partidos que mais elegeram deputados para a Câmara são o PL, com 99 cadeiras, a Federação liderada pelo PT, com 79 cadeiras, e o União Brasil, com 59 cadeiras, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até a manhã de segunda-feira (3).
Ao todo, no próximo ano, a Câmara deverá ter 19 partidos representados.
O resultado indica uma mudança na composição da Câmara, com maior representatividade de partidos de direita e centro-direita. Os partidos que formam hoje a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (PP e Republicanos, além do próprio PL) também aumentaram o número de assentos. O União Brasil, também de direita, foi outro partido que cresceu.
Em 2018, o resultado foi outro. A maior bancada eleita para a Câmara em 2018 foi a do PT, com 54 deputados. Depois, vinha a do PSL com 52 deputados. O PP tinha 38 e o DEM, 29. O PSL foi o partido pelo qual Bolsonaro foi eleito presidente naquele ano. Ele depois deixou o partido e se filiou ao PL após uma tentativa frustrada de criar a própria legenda.
Hoje, no entanto, a situação é outra. O DEM e o PSL se juntaram e formaram o União Brasil e chegaram a 51 deputados. A maior bancada da Câmara, hoje, é a do PL, com 76 deputados, seguida pela do PP, que tem 58 deputados, e do PT, com 56 deputados.
As mudanças aconteceram, principalmente, por causa da janela partidária. É o período no qual os deputados podem mudar de partido sem perder o mandato, já que a infidelidade partidária é causa de cassação do mandato e inelegibilidade.
Durante a janela deste ano, quase 26% dos deputados trocaram de partido, fazendo com que o partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, tivesse a maior quantidade de cadeiras na Câmara: 75.
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