Bloomberg — Um cenário em que o candidato do PT e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva alcance maioria absoluta e seja eleito presidente do país neste domingo (2 de outubro) permanece improvável e “não foi precificado com desconto pelos mercados”, segundo Emy Shayo, estrategista de ações do o JPMorgan Chase.
O Brasil realizará o primeiro turno da eleição presidencial neste domingo, enquanto um eventual segundo turno está marcado para 30 de outubro, a menos que um candidato obtenha mais de 50% dos votos válidos, em um cálculo que exclui cédulas em branco ou votos anulados.
Se Lula fechar o primeiro turno com uma vantagem menor que 5 pontos percentuais sobre Jair Bolsonaro, as ações brasileiras podem reagir positivamente, escreveu Shayo em nota nesta quinta (29).
Isso porque tal resultado abriria “duas possibilidades: que Lula se mova mais para o centro, talvez até precisando indicar [com antecedência] quem será seu ministro da Fazenda; ou que as chances de vitória de Bolsonaro sejam maiores do que a média apontada nas pesquisas”.
Se Lula vencer por mais de 5 pontos percentuais, por outro lado, ele confirmaria os resultados da maioria das pesquisas de opinião e os investidores mudariam o foco para o impacto potencial que sua equipe econômica, a sua política fiscal e a sua visão sobre o papel das empresas estatais teriam.
Se Bolsonaro liderar a votação no primeiro turno, por sua vez, isso “poderia mudar completamente a maneira como os mercados veem a eleição, dando ao atual presidente munição para dizer que as pesquisas estavam erradas e aumentando a preferência dos eleitores”.
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