Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.
Com o dia da votação se aproximando, o investidor já começa a desenhar cenários com o que pode acontecer depois de domingo. Segundo o Morgan Stanley, o mercado no Brasil não precisa temer uma forte deterioração nas contas públicas após as eleições presidenciais.
Na avaliação do banco norte-americano, independentemente do resultado das urnas, a perspectiva fiscal provavelmente vai piorar com o afrouxamento dos limites de gastos, mas o impacto deverá ser modesto.
Mas e as oportunidades? Enquanto algumas empresas podem ser consideradas “blindadas” na bolsa ante o desfecho nas urnas, outras tendem a ser mais afetadas por causa da forte exposição ao governo. A Bloomberg Línea consultou gestores e analistas para saber como o mercado está posicionado.
⇒ Assim o Morgan Stanley vê o desfecho das eleições para o mercado
No radar dos Mercados
Setembro termina dominado pelo assombro de maiores altas de juros. Hoje, o principal catalisador da política monetária global, a inflação, volta a dominar as atenções. A repercussão de indicadores de preços na Europa e nos Estados Unidos se mescla com as repetidas advertências dos bancos centrais de que o controle da inflação é a prioridade número 1. Enquanto isso, nesta manhã os investidores buscam oportunidades após perdas expressivas da véspera.
🔍 Olhar com lupa. Após vários sinais de dirigentes do Fed de que a política monetária seguirá restritiva, será imperativo para os investidores olhar o rumo dos preços, sobretudo o deflator do PCE, índice de preços de bens e serviços que baliza a política monetária do Fed.
🌪️ Clima tenso. O furacão Ian, que devastou a Flórida ontem, já levou o governo norte-americano a declarar estado de emergência agora na Carolina do Sul. O custo desse evento climático ainda será calculado, mas é possível prever um impacto inflacionário derivado da potencial escassez de bens e serviços na região.
🔥 Preços ardentes. Na Zona do Euro, os preços seguem seu curso de alta. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de setembro subiu +10% na comparação anual, contra uma expectativa de +9,7% e os +9,1% da medição anterior. O salto do IPC representa uma novo máximo histórico, que foi pressionado pelos preços da energia e dos alimentos.
🗿 Gigantes em marcha lenta. Ao mesmo tempo, o mercado avalia a atividade econômica no Reino Unido, onde o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre cresceu ligeiramente (+0,2%, uma melhora ante o +0,1% da primeira estimativa) e de certa forma surpreendeu por contrariar a expectativa de que já apontaria uma recessão técnica. Mas esse cenário ainda pode se consolidar no terceiro trimestre, tendo em vista a semana de luto pela morte da Rainha Elizabeth.
🌏 Ásia em ação. Volatilidade e descompasso monetário. Hoje, o Banco do Japão ampliou sua compra planejada de títulos da dívida para limitar a pressão sobre os prêmios. Na China, teme-se uma depreciação ainda maior do yuan no feriado de segunda-feira. O Banco Popular da China ampliou a liquidez e injetou o equivalente a US$ 122 bilhões no sistema bancário esta semana.
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🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrials (-1,54%), S&P 500 (-2,11%), Nasdaq Composite (-2,84%), Stoxx 600 (-1,67%), Ibovespa (-0,73%)
As bolsas norte-americanas voltaram a cair depois que o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, e a chefe do Fed de Cleveland, Loretta Mester, insistiram que o tom agressivo de política monetária continuará até que a inflação esteja sob controle. Todos os três principais índices de ações dos EUA abandonaram os ganhos de quarta-feira e o S&P 500 atingiu o menor nível em quase dois anos.
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Agenda
Esta é a agenda prevista para hoje:
• EUA: Índice de Preços PCE/Ago, Renda do Consumidor, Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan, PMI de Chicago/Set
• Europa: Zona do Euro (Índice de Preços ao Consumidor/Set, Taxa de Desemprego/Ago) Reino Unido (Crédito ao Consumidor, Indicadores Hipotecários, PIB); Alemanha (Taxa de Desemprego/Set, Vendas no Varejo/Ago); França (Índice de Preços ao Consumidor/Ago); Italia (Taxa de Desemprego/Ago); Espanha (Vendas no Varejo/Ago, Transações Correntes/Jul); Portugal (Índice de Preços ao Consumidor)
• Ásia: China (PMI) Hong Kong (Vendas no Varejo/Ago, Massa Monetária/Ago)
• América Latina: Brasil (Taxa de Desemprego; Dados Orçamentários/Ago); México (Balanço Fiscal/Ago)
• Bancos centrais: Discursos de Lael Brainard (vice-presidente do Fed) e de John Williams (Fed de NY), Frank Elderson e Isabel Schnabel (BCE)
📌 Para segunda-feira:
• Indicadores PMIs (EUA, Zona do Euro, Reino Unido, França, Itália, Espanha, Japão, México, Brasil). Encontro do Eurogrupo. EUA (Gastos com Construção, Índice ISM de Emprego/Set); Japão (IPC/Set, Base Monetária). Feriado na China
Destaques da Bloomberg Línea
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