Desemprego cai pelo sexto mês consecutivo e 4 assuntos do Brasil e do mundo

Confira os principais tópicos que vão marcar o sentimento dos mercados nesta sexta-feira (30)

A população desocupada chegou a 9,7 milhões de pessoas - o menor nível desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015
30 de Setembro, 2022 | 10:05 AM

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Bloomberg Línea — A semana termina com uma agenda carregada de indicadores, e com a alta de preços em foco na Zona do Euro e nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, o desemprego recuou pelo sexto mês consecutivo e chega ao menor patamar em sete anos, com o número de empregados sem carteira assinada no setor privado atingindo o maior nível da série histórica, iniciada em 2012.

Veja as outras notícias que devem impactar os mercados nesta sexta-feira (30):

1. Desemprego

A taxa de desocupação do trimestre móvel de junho a agosto de 2022 chegou a 8,9%, recuo de 0,9 ponto percentual ante o trimestre de março a maio de 2022, e 4,2 ponto percentual diante do mesmo período de 2021, segundo a PNAD Contínua, divulgada nesta manhã pelo IBGE. A população desocupada chegou a 9,7 milhões de pessoas, o menor nível desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) foi de 36 milhões, alta de 9,4% na comparação anual, enquanto o número de empregados sem carteira assinada no setor privado foi o maior da série histórica, iniciada em 2012, alta de 2,8% no trimestre e 16% no ano.

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2. Preços

Os preços seguem uma trajetória de alta na Europa e nos Estados Unidos. Na Zona do Euro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de setembro subiu 10% na comparação anual, salto que representa uma nova máxima histórica, pressionado pelos preços da energia e dos alimentos - e acima do esperado pelo mercado.

Nos EUA, a taxa de inflação anualizada do PCE, o Núcleo do Índice de Despesas de Consumo Pessoal, subiu para 6,4% em agosto, ante 6,2% no mês anterior, enquanto os gastos do consumidor ajustados pela inflação avançaram 0,1% em agosto.

3. Mercados

Os futuros americanos sobem nesta manhã, com os investidores tentando recuperar as fortes vendas da semana. O Dow Jones futuro subia 0,16% perto das 9h10, o S&P avançava de 0,27% no mesmo horário, e o Nasdaq registrava alta de 0,24%. A Europa seguia o tom neste último pregão de setembro, com o FTSE, de Londres, subindo 0,089%, enquanto o Stoxx600 subia 0,48%.

Por aqui, o Ibovespa futuro seguia a entoada e subia 0,13%, enquanto o Dollar Index, que mede a força da moeda americana em relação a uma cesta de outras moedas, subia 0,38%.

4. Manchetes do dia

  • Estadão: Quem ganhou o último debate presidencial antes da eleição? Veja a opinião dos analistas do ‘Estadão’
  • Folha de S. Paulo: Lula e Bolsonaro trocam ataques pessoais em debate marcado por bate-boca e acusações
  • O Globo: Bate-bocas, ‘padre de festa junina’ e gafes com nomes: veja oito destaques do debate da TV Globo
  • Valor: Tema da corrupção e troca de acusações dão o tom do debate

5. Agenda

Entre os destaques da agenda local desta sexta estão a divulgação da PNAD Contínua, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de agosto, e o Indicador de Incerteza da Economia Brasil (IIE-Br) do mês de setembro setembro. Lá fora, nos EUA, além do tão aguardado PCE de agosto, também vão os dados do consumidor de setembro e o PMI de Chicago. Ao longo do dia também são esperados discursos dos presidentes distritais do Federal Reserve, o BC americano.

Já a Europa tem uma enxurrada de indicadores hoje, como o Índice de Preços ao Consumidor de setembro da Zona do Euro, e a taxa de desemprego de agosto do bloco. No Reino Unido sai o crédito ao consumidor e os indicadores hipotecários, além dos números do PIB. Na Alemanha sai a taxa de desemprego de setembro, e as vendas no varejo de agosto. Na França sai o Índice de Preços ao Consumidor de agosto e, na Itália, a taxa de desemprego de agosto. A Espanha divulga as vendas no varejo do mês de agosto, e as transações correntes de julho. Por fim, Portugal divulga o Índice de Preços ao Consumidor.

E também...

Os preços do petróleo sobem nesta manhã, mas ainda assim acumulam queda de 22% no trimestre, com o aumento dos temores de uma desaceleração econômica global, enquanto o dólar mais forte ofusca a perspectiva de aperto na oferta. Às 8h30, o petróleo tipo Brent subia 0,19%, a US$ 87,35 o barril, enquanto o WTI registrava alta de 0,33%, a US$ 81,50 o barril.

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- Com informações da Bloomberg News

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Melina Flynn

Melina Flynn é jornalista naturalizada brasileira, estudou Artes Cênicas e Comunicação Social, e passou por veículos como G1, RBS TV e TC, plataforma de inteligência de mercado, onde se especializou em política e economia, e hoje coordena a operação multimídia da Bloomberg Linea no Brasil.