Bloomberg Línea — Na reta final da eleição, o ex-presidente Lula (PT) continua em trajetória de crescimento. Segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (28), o petista chegou a 46% das intenções de voto, contra 33% do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em relação à pesquisa de duas semanas atrás, o ex-presidente cresceu seis pontos percentuais, enquanto o atual mandatário caiu um ponto (oscilação dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais).
Depois dos líderes, vêm os candidatos Ciro Gomes (PDT), com 6%, e Simone Tebet (MDB), com 5%. Em relação à pesquisa divulgada há duas semanas, Ciro caiu um ponto e Simone cresceu um ponto.
Excluindo os votos em Lula e em Bolsonaro, os demais candidatos somam 12% das intenções de voto e os indecisos são 5%. Os que votam em branco ou não pretendem votar são 4%. E 79% dos eleitores disseram que estão decididos e não vão mudar de opinião no próximo, dia 2 de outubro, data das eleições.
Contando apenas os votos válidos (que excluem os votos em branco e os que não pretendem votar), Lula chega a 50,5% das intenções de voto, o que indicaria vitória do petista em primeiro turno.
Segundo a Quaest, Lula cresceu entre os homens e aumentou a vantagem no Nordeste e entre os mais pobres. No eleitorado masculino, avançou três pontos percentuais e tem hoje 45% das intenções de voto contra 35% de Bolsonaro.
Entre os que ganham até dois salários mínimos, o ex-presidente cresceu cinco pontos e alcançou 56% das intenções, 32 pontos à frente de Bolsonaro. Na faixa de renda superior a cinco salários, o presidente lidera com 50%. No Nordeste, Lula subiu cinco pontos e chegou a 65% das intenções, contra 19% de Bolsonaro.
No Sudeste, onde estão 42% dos eleitores brasileiros, persiste o empate técnico entre os dois candidatos, agora com vantagem numérica para Lula: 39% a 38%. No Sul, o presidente mantém a liderança com 43% das intenções de voto, 13 pontos percentuais à frente de Lula.
A rejeição ao presidente também segue crescendo. Em um mês, saiu de 50% dos eleitores para 54%. No mesmo período, a rejeição a Lula caiu de 47% para 44%.
Também voltou a crescer a proporção de eleitores que acham que a economia é o principal problema do país. Depois de semanas seguidas de queda, a cifra saiu de 34% para 38% da última quarta-feira (21) para cá. Isso mostra que a melhora dos índices econômicos, como a queda da inflação e a redução do desemprego, não estão se refletindo em apoio ao presidente da República.
A pesquisa mostrou também que 82% dos entrevistados disseram que o preço da gasolina baixou no último mês, mas 77% disseram que os alimentos ficaram mais caros no período. Outros 52% disseram que a conta de luz ficou mais alta no último mês.
A Quaest ouviu duas mil pessoas em domicílio entre os dias 24 e 27 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é de BR-04371/2022.
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