Bloomberg Línea — A menos de uma semana das eleições, o ex-presidente Lula (PT) oscilou um ponto para cima na pesquisa BTG/FSB e ficou a dez pontos de distância do presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (26), Lula chegou a 45% e Bolsonaro ficou com 35%.
Depois dos líderes, vêm os candidatos Ciro Gomes (PDT), com 7%, e Simone Tebet (MDB), com 4%. Os demais candidatos somam 3%.
Considerando apenas os votos válidos, o petista ficou com 48% das intenções, o que indica que haverá segundo turno, segundo a FSB, responsável pela pesquisa.
“Na reta final, nunca foi tão baixo o percentual de eleitores que ainda pensam em mudar seu voto: eram 18% há uma semana e agora são 13%”, diz a FSB. Dentro do universo de indecisos, 15% dizem que podem mudar o voto e escolher Lula na eleição de domingo e 22% disseram que poderiam votar em Bolsonaro.
De acordo com as contas do instituto de pesquisas, os indecisos ou inseguros são 20 milhões de eleitores, o suficiente para alterar o quadro apontado pela pesquisa.
Se a transferência de votos para Lula apontada pela pesquisa acontecer, ele chegaria a 50% dos votos válidos e poderia vencer as eleições já em primeiro turno - que é o objetivo da campanha petista.
O maior salto do petista foi entre os eleitores que recebem o Auxílio Brasil, versão bolsonarista do Bolsa Família do PT. Lula tinha 57% das intenções de voto no segmento na semana passada e agora chegou a 65%. Entre os que não recebem o benefício, mas moram com alguém que recebe, o ex-presidente foi de 58% para 64% das intenções de voto.
Lula também segue liderando nas faixas de renda mais baixa: tem 68% das intenções entre os que ganham um salário mínimo e 54% entre os que ganham até dois salários. Nos demais recortes por renda, Bolsonaro é o favorito.
Na contagem das rejeições, tanto Bolsonaro quanto Lula oscilaram um ponto para cima em relação à última pesquisa, divulgada há uma semana. São agora rejeitados por 56% e 46%, respectivamente. Já Ciro Gomes viu sua rejeição subir de 48% para 52%.
A avaliação ruim ou péssima do governo federal também segue estável, em 54% - na semana passada, era de 53%. E 55% dos eleitores desaprovam a forma de Jair Bolsonaro governar.
A pesquisa ouviu duas mil pessoas por telefone entre os dias 23 e 25 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é BR-08123/2022.
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