Ranking revela principais centros financeiros do mundo. SP fica fora do top 20

Nova York e Londres são os mais importantes, aponta o Global Financial Centers Index; capital paulista é considerada a segunda mais importante na América Latina

Região da Faria Lima é o centro financeiro de São Paulo e do Brasil, mas cidade ficou atrás em ranking global
Por Alex Millson - Tamires Vitorio
23 de Setembro, 2022 | 11:13 AM

São Paulo — São Paulo caiu quinze posições em um ranking mundial dos principais centros financeiros, segundo a nova edição do Global Financial Centers Index, do think tank britânico Z/Yen Partners em parceria com o China Development Institute.

A pesquisa considerou 128 centros para a nova edição do Global Financial Centers Index, que é publicado há 16 anos, uma vez a cada semestre.

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O ranking é calculado com base em 151 indicadores como infraestrutura de telecomunicações (inclui a qualidade da conexão à internet), ambiente de negócios, atuação de governo, percepção de corrupção, com fontes como a ONU e o Banco Mundial, além de cerca de 13 mil respostas a questionários enviados a profissionais de centros financeiros pelo mundo, com identificação de onde trabalham.

A combinação do desempenho dos indicadores com as respostas gera uma pontuação (rating). O número de centros financeiros no índice principal permaneceu em 119 na nova edição.

Nova York e Londres ficaram em primeiro e segundo lugares, respectivamente, um status reconhecido pelos mercados financeiros e pelas maiores instituições do setor. Na Ásia, Singapura ultrapassou Hong Kong e se tornou o principal centro financeiro do continente - e o terceiro do mundo.

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São Paulo teve um aumento de 11 pontos no rating, para 599 pontos, apesar da queda do 73º lugar para o 88º em relação ao levantamento anterior.

Hong Kong caiu para o quarto lugar, prejudicada por restrições rigorosas contra a covid e um êxodo de talentos, enquanto São Francisco, nos Estados Unidos, subiu duas posições para completar o top 5.

Hong Kong está lutando para reviver seu papel como centro financeiro global, ao mesmo tempo em que continua a seguir o governo da China na tentativa de diminuir os casos de covid. Uma cúpula de banqueiros em novembro, projetada para restaurar a confiança local, tem cerca de 20 empresas globais confirmadas, que devem enviar altos executivos ao local. Mas a incerteza em torno da flexibilização das regras de quarentena, que manteve o número de visitantes baixo, ainda é uma ameaça.

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Singapura, por outro lado, espera receber mais de quatro milhões de visitantes em 2022. Uma série de eventos de alto nível, incluindo o Milken Institute Asia Summit e o Grand Prix de Fórmula 1, ajudará a aumentar o perfil da cidade como destino de viagem.

As cidades chinesas de Xangai, Pequim e Shenzhen mantiveram posições no top 10 do Global Financial Centers Index (GFCI), apesar das medidas de mitigação da covid que isolaram o país do resto do mundo.

*Com informações de Bloomberg News

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Tamires Vitorio

Jornalista formada pela FAPCOM, com experiência em mercados, economia, negócios e tecnologia. Foi repórter da EXAME e CNN e editora no Money Times.