Bloomberg — O ouro acumulou um segundo declínio semanal após uma série de bancos centrais ao redor do mundo seguirem o Federal Reserve (Fed) no aumento das taxas de juros para tentar esfriar a inflação.
O ouro caiu ao nível mais baixo nesta sexta-feira (23), com o dólar em uma alta recorde. O metal precioso oscilou entre ganhos e perdas na quinta, em queda de até 1,1% depois que o Japão interveio no mercado de câmbio para fortalecer a moeda, fazendo com que os rendimentos dos títulos subissem e o dólar caísse antes de se recuperar.
A fraqueza do ouro “muito provavelmente persistirá” devido ao “aperto monetário que torna sua manutenção muito mais cara”, disse Gnanasekar Thiagarajan, diretor da Commtrendz Risk Management Services. “No entanto, os temores de recessão e qualquer escalada no conflito entre Rússia e Ucrânia podem sustentar os preços.”
Os bancos centrais da Suíça, Noruega e Reino Unido seguiram o Fed ao anunciar aumentos nas taxas de juros para conter os aumentos de preços.
As saídas de fundos negociados em bolsa continuaram, com as participações agora próximas do menor nível deste ano. Os dados do índice dos gerentes de compras dos Estados Unidos, com vencimento na sexta, devem dar mais uma indicação de como a economia está lidando com as taxas de juros mais altas.
O ouro à vista caía 0,9%, para US$ 1.656,17 a onça às 9h13 (horário de Brasília), caminhando para uma perda semanal. O Bloomberg Dollar Spot Index subiu 0,7% para um recorde. Prata, platina e paládio caíram.
Veja mais em bloomberg.com
Leia também:
Minério de ferro cai com temores sobre demanda mesmo após fim de lockdown
Petróleo tem quarta queda semanal consecutiva com temor por alta de juros
Força do dólar deixa cada um por si na luta para defender moedas