Para brigar com o TikTok, YouTube adiciona publicidade em vídeos curtos

Novo recurso compensará criadores usando um conjunto de fundos semelhante à forma como o aplicativo chinês paga os usuários mais populares

Assim como o Instagram, o YouTube respondeu ao TikTok com uma ferramenta bastante parecida a do aplicativo chinês
Por Mark Bergen
20 de Setembro, 2022 | 05:29 PM

Bloomberg — O YouTube está lutando contra o TikTok usando a sua principal vantagem competitiva: o dinheiro.

Nesta terça-feira (20), o YouTube anunciou planos para compartilhar as vendas de publicidade com os criadores dos Shorts, sua ferramenta de vídeos curtos bastante parecido com o TikTok. Ao contrário dos vídeos mais longos do YouTube, o novo recurso compensará os criadores usando um conjunto de fundos semelhante à forma como o TikTok paga seus usuários mais populares.

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O YouTube acredita que seu esforço é mais ambicioso do que o do TikTok. Segundo Neal Mohan, diretor de produtos da empresa, o plano é o primeiro a financiar vídeos online de formato curto “em larga escala”.

Os criadores podem participar “se quiserem ser a próxima grande novidade ou apenas precisarem de ajuda para pagar as contas”, disse Mohan no espaço de produção da empresa em Los Angeles. “Queremos que o YouTube seja o lugar que oferece o maior apoio no cenário digital”, continuou.

O YouTube, parte do Google, da Alphabet (GOOGL), enfrenta a concorrência do TikTok tanto para os jovens espectadores quanto para as estrelas online que tornaram a plataforma de vídeo chinesa um sucesso comercial.

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Assim como o Instagram, o YouTube respondeu ao TikTok com uma ferramenta bastante parecida a do aplicativo chinês. Em 2020, a plataforma do Alphabet apresentou o Shorts, um formato de vídeos verticais que tem promovido cada vez mais no app da empresa. No início deste ano, o YouTube divulgou que o Shorts tinha mais de 1,5 bilhão de espectadores mensais e disse aos investidores que traria anúncios para o formato.

A plataforma começou a compartilhar vendas de anúncios com produtores em 2007 e agora tem mais de 2 milhões de criadores em seu programa. No ano passado, o YouTube registrou mais de US$ 28 bilhões em vendas de anúncios, antes dos pagamentos aos criadores. No entanto, o crescimento desacelerou este ano, o que os analistas atribuem à restrição da Apple (AAPL) na segmentação de anúncios e à ascensão do TikTok.

Mohan disse que os criadores podem participar do programa de parceiros do YouTube se tiverem mais de 10 milhões de visualizações em Shorts e mais de 1.000 inscritos. Historicamente, o YouTube deu 55% de suas vendas de anúncios aos criadores e manteve o restante. Com os Shorts, o YouTube compartilhará apenas 45% de seu programa de anúncios.

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Tara Walpert Levy, vice-presidente do YouTube, disse que a empresa mudou a sua comissão porque era melhor para construir “um negócio de longo prazo”.

O YouTube também introduziu um novo recurso chamado Creator Music, que permite que os criadores licenciem músicas populares em vídeos com facilidade e ainda ganhem dinheiro. Anteriormente, os detentores de direitos musicais recebiam todo o corte da receita das músicas tocadas nos vídeos. A música popular em vídeos, por exemplo, é um grande impulsionador da popularidade do TikTok.

Para anunciar o recurso, o YouTube trouxe ao palco Jason Derulo, um músico com muitos seguidores no TikTok.

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“Para mim, este anúncio vai abalar o mundo”, disse ele.

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