Os grandes das finanças brasileiras

Hoje destacamos no Breakfast as demissões do Credit Suisse no Brasil, o apoio de Henrique Meirelles a Lula e a tática de investidores antes da decisão do Fed

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Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

Dos bancões tradicionais a fintechs, seguradoras, plataformas de investimento, gestoras de patrimônio e até exchanges de criptomoedas, o mercado financeiro vem passando por uma transformação no Brasil e trazido consigo novos players e opções que buscam revolucionar a forma como o brasileiro lida com o dinheiro.

Com 34 nomes, o setor financeiro e de fintechs é o mais representativo, no Brasil, da lista dos 500 mais influentes da América Latina, divulgada pela Bloomberg Línea na segunda-feira (19).

No grupo, há representantes dos cinco grandes bancos brasileiros – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander –, bem como de corretoras e bancos digitais, caso de XP Inc., BTG Pactual, Banco Inter (BIDI11) e Nubank.

A lista completa você confere aqui: Os 500 mais influentes da América Latina

Na trilha dos Mercados

Os investidores operam hoje entre duas forças: a cautela antes da decisão sobre juros de vários bancos centrais no decorrer da semana, com destaque para o norte-americano Federal Reserve (Fed), e o surgimento de oportunidades de compra com o tombo das ações nos Estados Unidos na semana passada.

🌊 Volatilidade. À espera do veredito sobre os juros dos EUA, o mercado opera volátil. Os futuros de índices já foram de mais a menos no começo da manhã. O mercado espera para ver o calibre do aumento de taxas pelo Fed: as maiores apostas recaem sobre uma alta de 0,75 ponto porcentual, ainda que um ajuste de maior proporção não esteja totalmente descartado, na avaliação de economistas.

📡 BCE no radar. As expectativas também giram em torno ao pronunciamento, esta tarde, da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. Deixará alguma pista sobre suas próximas investidas sobre os juros? Os analistas vêem uma recessão quase iminente na Zona do Euro e o BCE iniciou agora seu ciclo de aperto monetário - este mês subiu as taxas em um histórico 0,75 ponto percentual - para conter uma inflação ainda abrasadora.

🚦 Parada técnica. O banco central chinês decidiu manter o custo do dinheiro inalterado (3,65% para empréstimos de um ano e 4,30% para os de cinco anos), interrompendo o ciclo de cortes que vinha promovendo para recuperar a economia. A decisão já era esperada - os analistas ponderam que esta poderia ser uma pequena pausa antes da decisão do Fed para avaliar o cenário e, logo, retomar novos cortes de juros.

🫣 Surpresa sueca. Já o banco central da Suécia decidiu elevar o juro básico da economia em 1 ponto percentual. A manobra, que responde à escalada de preços nos últimos 11 meses no país, foi a maior em quase trinta anos e mais agressiva do que o 0,75 ponto esperado pelo mercado.

→ A análise completa você lê no Radar dos Mercados

🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrials (+0,64%), S&P 500 (+0,69%), Nasdaq Composite (+0,76%), Stoxx 600 (-0,09%), Ibovespa (+2,33%)

Após lutar por uma direção, o mercado acionário dos EUA finalmente deixou as perdas para trás. A atenção dos investidores se dirigiu à possibilidade de outro forte aumento dos juros pelo Fed, aperto monetário que poderia culminar em uma recessão econômica. No entanto, a alta de ações de grande capitalização de mercado, como a Apple e a Tesla, dirigiram os índices acionários à senda positiva.

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No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

EUA: Índice de Construção de Casas Novas/Ago, Licenças para Construção/Ago, Estoques Semanais de Petróleo Bruto

Europa: Zona do Euro (Balanço de Transações Correntes/Jul); Reino Unido( Expectativa de Inflação); Alemanha (Índice de Preços ao Produtor/Ago); Itália (Balanço de Conta Corrente/Jul) ; Portugal (Transações Correntes/Jul)

Ásia: Japão (Índice de Preços ao Consumidor/Ago); China (Taxas de Empréstimo Prime)

América Latina: Brasil (Receita Tributária Federal); Argentina (PIB/2T22)

Banco centrais: Pronunciamentos de Christine Lagarde (BCE) e Elizabeth McCaul (BCE). Decisão sobre os juros da Suécia

📌 Para a semana:

Quarta: Decisão do Fed sobre os juros. CEOs de grandes bancos, incluindo Jamie Dimon do JPMorgan Chase and Co. e Brian Moynihan do Bank of America, testemunham perante o Comitê de Serviços Financeiros do Congresso dos EUA

Quinta: Reuniões de política monetária dos bancos centrais do Japão, Reino Unido, Indonésia, África do Sul, Turquia e Suíça

Sexta: Secretária do Tesouro dos EUA Janet Yellen discursa em Washington. PMIs da Zona do Euro

Destaques da Bloomberg Línea

Interpol é acionada para prender fundador cripto da stablecoin TerraUSD

Credit Suisse demite 21 profissionais de gestão de fortunas no Brasil

Investidores apontam 3 trades para fazer antes da nova decisão do Fed

E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: • Meirelles declara apoio a Lula e mercado vê chance maior de governo pragmático • América Latina deve concluir ciclo de alta de juros ainda neste ano, diz XP • México registra terremoto de magnitude 7,4 no mesmo dia de abalos passados

• Opinião Bloomberg: Nesta região, as cadeias de suprimentos estão funcionando bem

• Pra não ficar de fora: Funeral da Rainha Elizabeth II reúne líderes em Londres, de Biden a Bolsonaro

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Edição: Michelly Teixeira, News Editor | Europe