São Paulo — Ao menos 9% dos brasileiros declararam ter medo de votar por conta da ameaça de violência política, hipótese que 40% dos eleitores consideram como grande probabilidade, segundo pesquisa do Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (16). Segundo o instituto, o tema entrou no radar de candidatos e partidos há meses, “devido à exacerbação da polarização política”.
Segundo os ouvidos pela pesquisa, o efeito é maior entre os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 10% considerando não votar no dia 2 de outubro por medo. Entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL), o número cai para 5%.
As mulheres, segundo a pesquisa, têm mais medo de violência durante a votação, com 45% delas afirmando acharem que o risco é grande. Entre os homens, o número cai para 35%.
Ainda segundo o Datafolha, 27% do total avaliam como o risco médio de violência, enquanto 11% dizem ser pequeno e 19%, inexistente. Outros 3% não souberam dizer.
A última pesquisa eleitoral do instituto, divulgada na quinta-feira (15), apontou que Lula está à frente de Bolsonaro, estabilizado com 45% das intenções de voto. Bolsonaro, por sua vez, caiu um ponto percentual em relação à última semana, indo de 34% para 33%. Depois de Lula e Bolsonaro, Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro lugar na pesquisa com 8% das intenções de voto, ante 7% da sondagem anterior. Simone Tebet (MDB) manteve os mesmos 5%.
No Datafolha, Bolsonaro mantém a liderança entre os evangélicos, que representam 27% do eleitorado brasileiro. Se dependesse deles, segundo o instituto, o atual presidente ganharia com 49%, ante 32% de Lula. Na semana passada, a vantagem era de 51% a 28%. Entre os católicos, que representam 56% da amostra, o placar é de 51% para Lula a 28%, para Bolsonaro.
A pesquisa ouviu 5.926 pessoas entre os dias 13 e 14 de setembro e tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais e para menos. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é BR-04099/2022.
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