Bloomberg — Os preços do petróleo caminhavam para um terceiro declínio semanal, com a deterioração da economia global alimentando as preocupações sobre a demanda, enquanto o dólar forte torna o combustível mais caro para a maioria dos compradores.
Os futuros do West Texas Intermediate (WTI) eram negociados perto de US$ 85 o barril. O consumo tem sido ameaçado pela alta de juros promovida pelos bancos centrais mundo afora, incluindo o Federal Reserve dos EUA, pelo risco de uma recessão na Europa devido à grave crise de energia e à medida que a China avança com a política de Covid Zero.
Os preços do diesel - muitas vezes correlacionados com as perspectivas de crescimento global - caíram esta semana. Dados sobre a economia chinesa, divulgados nesta sexta-feira (16), pintaram um quadro misto para o maior importador de petróleo do mundo. Enquanto alguns indicadores amplos mostraram sinais de recuperação em agosto, a indústria de refino do país permaneceu sob pressão. Traders têm procurado sinais de cotas de exportação mais altas para produtos petrolíferos chineses esta semana.
“Ainda há preocupações sobre o aperto monetário agressivo na Europa e nos EUA”, disse Giovanni Staunovo, analista de commodities do UBS. Esses são “compensados pela esperança de que a economia chinesa melhore e maior demanda de petróleo das refinarias chinesas se as cotas de exportação do produto subirem”.
Com os preços em recuo, vários bancos alertaram sobre as perspectivas. O Standard Chartered disse que o mercado global de petróleo atingiu um “grande superávit” neste trimestre, enquanto o Morgan Stanley e o UBS cortaram suas previsões de curto prazo em meio aos temores de recessão.
Preços do petróleo
- O WTI para entrega em outubro subia 0,1%, para US$ 85,17 por barril, às 8h25 (horário de Brasília)
- O Brent para liquidação de novembro avançava 0,2%, a US$ 91,05 o barril
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