Ibovespa afunda 2,3% e Wall Street tem pior pregão desde 2020 com inflação

After Hours: Mercados tiveram sessão de forte aversão ao risco nesta terça após dados de inflação virem acima do esperado em agosto nos EUA

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Bloomberg Línea — Os mercados tiveram um forte movimento de liquidação nesta terça-feira (13) depois que dados de inflação acima do esperado nos Estados Unidos reforçaram uma aposta mais hawkish do Federal Reserve em sua luta contra o aumento dos preços.

Em Wall Street, as bolsas estenderam o sell-off nesta tarde e tiveram o pior desempenho em dois anos, com quedas de até 5,2%, caso do Nasdaq 100, pesado em tecnologia. Os contratos de swap estão agora precificando totalmente um aumento de 0,75 ponto percentual nos juros americanos, com as apostas subindo para movimentos em novembro e as taxas atingindo cerca de 4,3% no início de 2023.

O índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos teve avanço de 8,3% em agosto na base anual, acima da estimativa média dos economistas de 8,1%. Na base mensal, a alta foi de 0,1%.

Os dados mostram que o alívio nos preços dos combustíveis não foi suficiente para baixar mais os preços nos EUA, reforçando a avaliação de que o Fed manterá um aperto monetário agressivo que pesará sobre o crescimento econômico e sobre ativos de risco.

Por aqui, o movimento não foi diferente. O mau humor externo contaminou a bolsa brasileira, levando à queda de 2,3% do Ibovespa (IBOV), com fortes quedas, acima de 3%. das ações da Petrobras (PETR3; PETR4), bem como de 2,5% da mineradora Vale (VALE3), ambas com peso expressivo no índice.

O sentimento de maior incerteza e cautela também contribuiu para uma valorização do dólar ante o real, negociado a R$ 5,19 próximo do fechamento.

Confira como fecharam os mercados nesta terça-feira (13):

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