Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.
O ex-secretário do Tesouro Lawrence Summers disse que o dólar tem mais espaço para se valorizar em relação a outras moedas globais, dada uma série de fundamentos.
“É notável que, não muito tempo atrás, as pessoas estivessem dizendo que a importância do dólar havia passado, dada sua força atual”, disse Summers ao programa “Wall Street Week” da Bloomberg Television. “Meu palpite é que há espaço para isso [a apreciação da moeda] continuar.”
Summers destacou que os EUA têm uma “enorme vantagem” em não depender de “energia estrangeira extremamente cara”. Washington também montou uma resposta macroeconômica mais forte à pandemia, e o Federal Reserve (Fed) agora está se movendo mais rapidamente para apertar a política monetária do que seus pares, observou ele.
“Todos esses vários fatores estão nos tornando um porto seguro, uma Meca para o capital – e isso está fazendo com que os recursos fluam para o dólar”, disse Summers, professor da Universidade de Harvard.
⇒ Leia mais sobre a visão de Summers sobre o fortalecimento do dólar no mundo e a importância da moeda
Na trilha dos Mercados
A inflação apontará o norte aos investidores esta semana. Além do indicador de preços dos Estados Unidos, que sai amanhã, os investidores terão pela frente o comportamento da inflação em agosto em vários países europeus e da Zona do Euro em seu conjunto.
A proximidade da reunião do Federal Reserve (Fed), na semana que vem, e o vencimento massivo de opções nos EUA na sexta-feira devem adicionar volatilidade aos negócios.
💸 Inflação norte-americana. Entre as opiniões sobre a trajetória dos preços nos EUA, há quem espere que o índice de preços ao consumidor volte a perder fôlego, marcando 8% de alta. No entanto, o núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, poderia se acelerar. Isso reforçaria o consenso entre os operadores de que o Fed, para frear os preços, volte a aplicar outra grande alta dos juros, depois de dois acréscimos consecutivos de 0,75 ponto percentual.
💶 Euro em agitação. A moeda do bloco registrou a maior apreciação frente ao dólar em seis meses depois que o presidente do Bundesbank, Joachim Nagel, apoiara novas altas das taxas de juros europeias. Outra notícia de impacto sobre o euro é a recuperação de território ucraniano por parte da Rússia. A moeda comum disparou 1,2%.
🪖 Geopolítica no radar. A Rússia atacou centrais elétricas muito atrás das linhas ucranianas, provocando apagões em todo o nordeste do país, enquanto as forças de Kiev levaram a cabo uma ofensiva relâmpago que reverteu meses de avanços de Moscou. Os eventos reavivam as dúvidas sobre a disposição das peças no tabuleiro geopolítico e como tudo isso afeta a crise energética e a inflação galopante na Europa.
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🟢 As bolsas na sexta: Dow Jones Industrials (+1,19%), S&P 500 (+1,53%), Nasdaq Composite (+2,11%), Stoxx 600 (+1,52%), Ibovespa (+2,17%)
O mercado nos EUA acelerou seu rali com os sinais de que o Fed continuará com seu tom aguerrido para controlar a inflação mais alta dos últimos 40 anos. Os investidores se mostraram mais propensos a riscos e o S&P 500 terminou a semana com três dias seguidos de ganhos.
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No radar
Esta é a agenda prevista para hoje:
• Feriados: China e Hong Kong (Festival da Lua)
• EUA: Expectativas de Inflação ao Consumidor
• Europa: Reino Unido (Expectativas da Inflação, Produção do Setor de Construção/Jul, PIB; Balança Comercial/Jul); Itália (Produção Industrial/Jul); Portugal (IPC/Ago)
• Ásia: Japão (Encomendas de Ferramenta Mecânica)
• América Latina: Brasil (Boletim Focus)
• Bancos Centrais: Pronunciamentos de Luis de Guindos e Isabel Schnabel (BCE)
📌 Para a semana:
• Terça: EUA (IPC/Ago)
• Quarta: Reino Unido (IPC/Ago); EUA (IPP/Ago); Japão (Produção Industrial/Jul; Utilização da Capacidade Instalada/Jul)
• Quinta: EUA (Estoques do Comércio, Vendas no Varejo, Pedidos Iniciais de Seguro-Desemprego, Índice Empire State de Atividade Industrial/Set)
• Sexta: Zona do Euro (IPC); EUA (Sentimento do Consumidor -Universidade de Michigan); China (Vendas de Casas, Vendas no Varejo, Produção Industrial, Taxa de Desemprego)
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