Mercado reduz projeções para a inflação e 4 assuntos do Brasil e do mundo

Confira os principais tópicos que vão marcar o sentimento dos mercados nesta segunda-feira (12)

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Bloomberg Línea — A semana começa sem grandes destaque na agenda de indicadores. No cenário macroeconômico, além do indicador de preços dos Estados Unidos, que sai amanhã, os investidores terão pela frente o comportamento da inflação em agosto em vários países europeus e da Zona do Euro.

Veja as outras notícias que devem impactar os mercados nesta segunda-feira (12):

1. Revisão da inflação

Dados do Relatório Focus divulgados nesta manhã pelo Banco Central mostraram uma nova redução do mercado financeiro para a inflação deste e do próximo ano. A expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) sofreu uma nova redução, de 6,61% há uma semana para 6,40%. Já para 2023, a projeção passou de 5,27% para 5,17%. No entanto, a projeção do IPCA para 2024 foi elevada de 3,43% na última semana para 3,47% agora.

Por outro lado, as expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) foram mais uma vez elevadas, de 2,26% para 2,39% neste ano e de 0,47% para 0,50% em 2023. Já sobre a taxa Selic, as projeções foram mantidas em 13,75% ao ano para 2022. Para o próximo ano, a expectativa se manteve em 11,25%.

2. Diferença apertada

A nova pesquisa de intenção de voto do Instituto FSB, encomendada pelo banco BTG Pactual, mostrou o ex-presidente Lula (PT) com 41% contra 35% do atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL). Na comparação com a última amostra, o candidato petista recuou 1 ponto percentual para baixo, enquanto Bolsonaro oscilou 1 ponto para cima. Assim, a vantagem de Lula sobre Bolsonaro é hoje de seis pontos. A margem de erro percentual é de dois pontos para mais ou para menos.

Ciro Gomes (PDT) também oscilou um ponto para cima e aparece com 9%. Já Simone Tebet (MDB) também subiu um ponto percentual nas intenções de voto, agora com 7%.

3. Mercados

Os futuros americanos subiam nesta manhã, com os investidores antecipando os principais dados de inflação a serem divulgados ainda nesta semana. Os operadores se orientam pela perspectiva de que a inflação está perto de alcançar um teto, seguindo o tom mais agressivo do Federal Reserve. Os futuros do Dow Jones subiam 0,30% às 9h00, o S&P tinha alta de 0,57%, e o Nasdaq, de 0,66%. Já o Dollar Index, que mede a força da moeda americana em relação a uma cesta de outras moedas, recuava 0,84% nesta manhã.

Na mesma entoada, as ações europeias avançaram nesta segunda-feira, com o FTSE de Londres registrando alta de 1,31%, e o Stoxx600, de 1,17%. O Ibovespa futuro também registrava alta de 0,68% no mesmo horário.

4. Manchetes do dia

  • Estadão: Gasto com Auxílio Brasil de R$ 600 pode chegar a 1,5% do PIB
  • Folha de S. Paulo: Forças Armadas farão apuração paralela em tempo real pela 1ª vez na história democrática
  • O Globo: Rosa Weber assume presidência do STF e adiará casos ‘sensíveis’ para depois da eleição
  • Valor: Prefeituras investem quase 65% mais no primeiro semestre

5. Agenda

A semana começa com uma agenda mais esvaziada, com o tradicional Boletim Focus tomando o protagonismo na agenda local. Nos Estados Unidos, saem as expectativas de inflação do consumidor, que na última leitura, em 8 de agosto, registrou alta de 6,2%.

Mas a semana será carregada de dados, com destaque para importantes indicadores econômicos que vêm da Europa e dos EUA nos próximos dias. Amanhã, saem os números da inflação americana, que devem mostrar se o ciclo de aperto monetário conduzido pelo Federal Reserve, o BC americano, está sendo capaz ou não de conter a escalada dos preços no país. Além disso, a proximidade da reunião do Fed na semana que vem, e o vencimento massivo de opções nos EUA nesta sexta-feira (16) devem adicionar volatilidade aos negócios.

E também...

Os preços do petróleo subiam nesta manhã, seguindo o aumento da incerteza sobre a oferta global. No último sábado, França, Grã-Bretanha e Alemanha ter “sérias dúvidas” sobre as intenções do Irã de reviver um acordo nuclear, o que pode manter o petróleo iraniano fora do mercado e pressionar o suprimento global.

Há ainda preocupações de que as perspectivas para o consumo estejam piorando seguindo a desaceleração global, e a China mantém sua estratégia de controlar a covid por meio de uma contenção rígida da atividade. Às 8h15 de hoje, o petróleo tipo Brent subia 0,81%, a US$ 93,54 o barril, enquanto o WTI subia 0,60%, a US$ 87,32 o barril.

- Com informações da Bloomberg News

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