São Paulo — O Banco Alfa de Investimentos admitiu publicamente, nesta segunda-feira (12), a possibilidade de negociar uma “operação estratégica” com o BTG Pactual.
A ação ordinária (BRIV3) do Alfa fechou em forte alta de 39,15%, cotada a R$ 7,50. Já o papel preferencial (BRIV4) subiu 6,43%, negociado a R$ 7,45.
“Embora o acionista controlador esteja sempre aberto a considerar operações estratégicas, não há nenhum entendimento ou documento obrigando a realização de qualquer operação”, informou o diretor de relações com investidores do Banco Alfa, Fabiano Siqueira de Oliveira, em resposta ao questionamento da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e da B3 sobre as expressivas oscilações de seus ativos, após o fechamento do pregão.
O executivo mencionou a nota publicada, no último domingo (11), no blog do colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim, sobre a possível venda do controle do Alfa para o BTG.
“Entendemos que as oscilações no número de negócios e quantidade podem ter sido motivadas pela notícia envolvendo a companhia”, citou Oliveira.
O rumor não é novo. No dia 26 de maio, a newsletter Relatório Reservado havia citado que o Alfa tinha sido colocado à venda pelas cinco herdeiras de Aloysio Faria, morto em 2020 aos 99 anos.
Mais cedo, a assessoria do Alfa respondeu ao questionamento feito pela Bloomberg Línea dizendo que a instituição não tinha nada a comentar sobre o assunto.
As units do BTG fecharam em alta de 2,40%, cotadas a R$ 26,93.
O Banco Alfa faz parte de um conglomerado que atua principalmente nos segmentos de crédito a pessoas jurídicas e físicas, tesouraria, administração de recursos de terceiros, private banking, wealth management, mercado de capitais e fusões e aquisições.
Também fazem parte do conglomerado Alfa empresas não financeiras de setores variados, tais como hotelaria (Rede Transamérica de Hotéis), materiais de construção (C&C Casa e Construção), agroindústria (Agropalma), águas minerais (Águas Prata), alimentos (Sorvetes La Basque), cultura (Teatro Alfa), comunicações (Rede Transamérica de Rádio) e eventos (Transamerica Expo Center).
Na área de corporate, o Alfa aglutina grupos econômicos com faturamento de R$ 100 milhões a R$ 1 bilhão, sendo que a divisão de large corporate reúne corporações que movimentam acima de R$ 1 bilhão.
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