Bloomberg — Os prazos de entrega de semicondutores caíram em agosto, um sinal de contínuo alívio da escassez global, mas alguns tipos de chips ainda são difíceis de encontrar.
O tempo entre uma encomenda de chips e o momento da entrega foi em média de 26,8 semanas em agosto, um dia menos do que no mês anterior, de acordo com pesquisa do Susquehanna Financial Group.
Os menores prazos de espera refletem a desaceleração da demanda por alguns tipos de tecnologia - ou seja, celulares e computadores pessoais - de acordo com Chris Rolland, analista do Susquehanna. Mas alguns segmentos do mercado continuam superaquecidos, com pedidos que chegam mais rápido do que fabricantes de chips podem atendê-los.
A indústria de chips frequentemente tem dificuldade em alinhar a oferta com a demanda, em parte porque os componentes levam meses para serem fabricados. Fabricantes de semicondutores agora também atendem a uma faixa muito maior da economia, com chips usados em carros, equipamentos de fábrica e eletrodomésticos.
No passado, investidores consideravam prazos de entrega mais longos como um sinal de acúmulo de estoques no setor, um precursor de queda da demanda. Mas os gargalos na cadeia de suprimentos causados pela pandemia criaram uma escassez sem precedentes. Retornar aos prazos de espera de 10 a 14 semanas seria “saudável”, disse Rolland.
A espera por alguns dispositivos de gerenciamento de energia, microcontroladores e optoeletrônicos continua elevada, destacou Rolland. Empresas como Microchip Technology e Infineon Technologies ainda enfrentam obstáculos para atenderem a esses tipos de pedidos.
Outros fabricantes de chips, no entanto, já sentem a queda na demanda. Isso inclui Nvidia e Intel, que dependem muito do mercado de PCs.
Investidores de chips se prepararam para uma forte desaceleração. O índice de Semicondutores do Mercado de Ações de Filadélfia acumula baixa de 33% este ano.
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